da Reportagem Local

Contrariando pela segunda vez promessa anterior, o vereador Vicente Viscome (expulso do PPB) deixou de se apresentar à polícia ontem. Viscome teve a prisão temporária decretada na semana passada e é considerado foragido.
O advogado Sidney Rodolfo Machado, que agora representa o vereador, disse ontem que pretende entrar com pedido de habeas corpus em favor de seu cliente.
A ação terá pedido de liminar, diferentemente do que ocorreu com processo anterior, iniciado pelo antigo defensor do vereador, o advogado José Raimundo.
Segundo a assessoria de imprensa do TJ (Tribunal de Justiça) paulista, até o encerramento do expediente de ontem o habeas corpus não havia sido ajuizado. Se o pedido for feito hoje, a decisão sobre o assunto deve sair no mesmo dia.
Segundo Machado, o vereador vai se apresentar à polícia assim que o tribunal julgar o pedido de liminar. Viscome está foragido desde terça-feira passada.
"Ele está com problemas de saúde, é um homem público, tem residência fixa, e é tecnicamente primário (os processos a que respondeu foram arquivados). Ainda assim, a polícia não aceitou que ele se apresentasse e não ficasse detido", disse o advogado.
"Ele poderia ter sido intimado antes de ter a prisão pedida. Por isso, decidimos tentar o habeas corpus. Queremos garantir suas prerrogativas legais."
Machado afirmou que o parlamentar está na capital e que não vai deixar a cidade. Viscome é acusado de ser o destinatário final da propina arrecadada por fiscais da Administração Regional da Penha, órgão que controla politicamente.
De acordo com o delegado Naief Saad Neto, que investiga a ação da máfia da propina na Penha, o vereador será indiciado indiretamente sob acusação de concussão (exigir vantagem para deixar de cumprir função pública) e de formação de quadrilha, caso não se apresente até o encerramento do inquérito, esperado para o começo da próxima semana.
Além de Viscome, outras 15 pessoas devem ser indiciadas (formalmente acusadas pela polícia) no inquérito da Penha. (SC)

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