DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os hospitais universitários do país são os mais bem conceituados, de acordo com usuários atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Já os hospitais públicos municipais têm a pior avaliação entre os pacientes.
Os dados são da primeira pesquisa feita pelo Ministério da Saúde sobre a qualidade do tratamento dos hospitais públicos.
Das mais de 900 mil cartas enviadas a pessoas atendidas pelo sistema, 110 mil tiveram resposta.
"A pesquisa mostrou que nem tudo é ruim no atendimento hospitalar do país", disse o ministro da Saúde, José Serra.

Prêmio
O levantamento serviu de base para o Prêmio de Qualidade Hospitalar, entregue ontem por Serra. Na pesquisa foram avaliadas as instalações físicas, as equipes médicas e de enfermagem e a maneira como o paciente foi tratado.
Dos nove hospitais premiados na categoria nacional, quatro são universitários: o da USP (Universidade de São Paulo), de Londrina (PR), de Botucatu (SP) e o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Em média, o atendimento dos hospitais universitários recebeu nota 8,5. Do outro lado estão os hospitais públicos municipais e os pequenos hospitais, com até 30 leitos, com nota em torno de 7,7.
O ministério pensa em restringir o trabalho dos pequenos hospitais a procedimentos mais simples e em melhorar a qualidade dos serviços com financiamentos.

Restrição
No geral, a avaliação do sistema foi boa. As respostas "bom" e "excelente" somaram 85%; "ruim" e "péssimo" representaram 4%.
Mas a pesquisa mostrou que ainda há grandes diferenças. Os hospitais de cidades pequenas tiveram notas bem inferiores às dos hospitais de cidades grandes.
A região Norte ficou com nota 7,7, enquanto o Sudeste teve 8,3. "O sistema ainda é muito desigual", admitiu Serra.
Dos nove hospitais premiados, seis estão em São Paulo. O Estado teve a maior nota (8,31), ao lado do Rio Grande do Sul (8,30).
0Hospitais premiados: 1. Biocor, Nova Lima (MG); 2. Hospital Universitário de Londrina (PR); 3. Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS); 4. Fundação Pio 12, Barretos (SP); 5. Hospital de Pesquisas e Reabilitação de Anomalias Cranio-faciais, Bauru (SP); 6. Hospital Universitário de Botucatu (SP); 7. Hospital Santa Tereza, Santa Albertina (SP); 8. Hospital Universitário da USP (SP); 9. Instituto do Coração (SP).


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