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Remédio cortado era "duplicado", afirma Serra
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, José
Serra (PSDB), afirmou ontem que
somente remédios repetidos serão cortados da lista de medicamentos dos postos de saúde.
A Secretaria Municipal da Saúde decidiu retirar um terço dos
300 produtos ofertados à população nesses locais.
"Não houve corte, é uma lista
que tem muita duplicação. Eu já
dei a determinação que não será
nenhum cortado, é apenas repetição. As vezes você tem um princípio ativo e cinco ou seis produtos", afirmou Serra durante visita
à favela do Jardim Edith, zona sul
de São Paulo, onde mais de 300
pessoas ficaram desabrigadas
após um incêndio.
A reportagem questionou o
prefeito se seriam comprados outros novos remédios no lugar dos
que saem da lista. "É o que está
sendo feito", disse Serra. No entanto, não foi esta a informação
dada pela Secretaria Municipal da
Saúde na sexta. "Se disseram algo
desse tipo, estão errados".
O prefeito não respondeu quando questionado se, com a saída
das drogas redundantes, faria
uma substituição por outras, retiradas da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -lista dos
remédios aprovados para o SUS
elaborada pelo Ministério da Saúde. Para fazer o corte, a secretaria
municipal não consultou órgãos
como o Conselho Regional de
Medicina e o Conselho Municipal
de Saúde, este uma instância da
própria pasta que deve deliberar
sobre as políticas.
Segundo a secretaria, trata-se de
uma racionalização definida por
consenso de técnicos da área. O
rol de remédios cortados completo só deverá ser divulgado em
maio, em um evento para jornalistas. "Importante não é a imprensa. Quem tem que saber usar
[a lista] é o médico", disse o secretário da Saúde, Claudio Lottenberg, na última sexta-feira. O responsável pela área de medicamentos da pasta, Carlos Alberto
Suslik, disse que a lista já está em
implantação.(FABIANE LEITE)
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