São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 2005

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Mecânico confessa ter matado funcionário do Banco do Brasil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Civil do Distrito Federal divulgou ontem que o mecânico Rogério Varela Santiago Patrocínio, 22, confessou ter sido o autor dos disparos que mataram o funcionário do Banco do Brasil José Eduardo Barcelos Vásquez no último dia 10.
Mesmo sem implicar Daniele Vásquez, filha do bancário e suposta mandante do crime, o depoimento, para a polícia, corrobora o indiciamento dela.
Patrocínio disse à polícia que receberia R$ 40 mil da ex-mulher de Vásquez, Maria Cleusa de Almeida. Teriam participado da trama, segundo o mecânico, Joseane de Souza Porto, sua cunhada e acompanhante de Maria Cleusa, e o pai-de-santo José Carlos de Oliveira. Todos estão presos.
Anteontem, a polícia pediu a prisão de outras seis pessoas, cujos nomes serão divulgados hoje.
Segundo o delegado João Carlos Lóssio, que comanda o inquérito, o caso começou a ser elucidado com a detenção de Maria Cleusa, na sexta-feira. "A verdade começou a aparecer quando prendemos a mãe e Joseane", disse.
O envolvimento de Daniele -que disse ter pedido a morte do pai a uma "entidade espiritual"- seria comprovado pelo modo de obtenção de dinheiro para o crime. Parte do pagamento do mecânico e de dois ajudantes (Arlindo Pereira de Souza, o Beto, e um rapaz conhecido como Dudu) viria da venda da casa em que Maria Cleusa morava.
Dias antes do crime, ela passou a escritura para o nome de Daniele. Se a filha cuidaria da venda do imóvel, concluiu a polícia, estava envolvida com a trama do assassinato. Além dos R$ 40 mil em dinheiro, que seriam divididos com os ajudantes, Patrocínio receberia também um carro novo.

Armadilha com cachorro
Segundo o delegado, Maria Cleusa teria usado o cachorro da família, batizado de Bilu, como desculpa para atrair José Eduardo para sua casa, onde ele foi morto com dois tiros de revólver calibre 38, na nuca e no abdômen.
Após a chegada de José Eduardo, Maria Cleusa teria deixado o portão aberto, facilitando a entrada de Patrocínio.
O mecânico teria entrado na casa e disparado os tiros. Antes de sair, segundo a polícia, ele teria atirado Maria Cleusa ao chão, para simular um roubo.
Depois disso, teria subido na moto, pilotada por Beto, um dos ajudantes, e voltado para casa. O outro comparsa, Dudu, teria dado cobertura em um Escort.
(IURI DANTAS)

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