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Mecânico confessa ter matado funcionário do Banco do Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Civil do Distrito Federal divulgou ontem que o mecânico Rogério Varela Santiago Patrocínio, 22, confessou ter sido o autor dos disparos que mataram o
funcionário do Banco do Brasil
José Eduardo Barcelos Vásquez
no último dia 10.
Mesmo sem implicar Daniele
Vásquez, filha do bancário e suposta mandante do crime, o depoimento, para a polícia, corrobora o indiciamento dela.
Patrocínio disse à polícia que receberia R$ 40 mil da ex-mulher de
Vásquez, Maria Cleusa de Almeida. Teriam participado da trama,
segundo o mecânico, Joseane de
Souza Porto, sua cunhada e
acompanhante de Maria Cleusa, e
o pai-de-santo José Carlos de Oliveira. Todos estão presos.
Anteontem, a polícia pediu a
prisão de outras seis pessoas, cujos nomes serão divulgados hoje.
Segundo o delegado João Carlos
Lóssio, que comanda o inquérito,
o caso começou a ser elucidado
com a detenção de Maria Cleusa,
na sexta-feira. "A verdade começou a aparecer quando prendemos a mãe e Joseane", disse.
O envolvimento de Daniele
-que disse ter pedido a morte do
pai a uma "entidade espiritual"-
seria comprovado pelo modo de
obtenção de dinheiro para o crime. Parte do pagamento do mecânico e de dois ajudantes (Arlindo Pereira de Souza, o Beto, e um
rapaz conhecido como Dudu) viria da venda da casa em que Maria
Cleusa morava.
Dias antes do crime, ela passou
a escritura para o nome de Daniele. Se a filha cuidaria da venda do
imóvel, concluiu a polícia, estava
envolvida com a trama do assassinato. Além dos R$ 40 mil em dinheiro, que seriam divididos com
os ajudantes, Patrocínio receberia
também um carro novo.
Armadilha com cachorro
Segundo o delegado, Maria
Cleusa teria usado o cachorro da
família, batizado de Bilu, como
desculpa para atrair José Eduardo
para sua casa, onde ele foi morto
com dois tiros de revólver calibre
38, na nuca e no abdômen.
Após a chegada de José Eduardo, Maria Cleusa teria deixado o
portão aberto, facilitando a entrada de Patrocínio.
O mecânico teria entrado na casa e disparado os tiros. Antes de
sair, segundo a polícia, ele teria
atirado Maria Cleusa ao chão, para simular um roubo.
Depois disso, teria subido na
moto, pilotada por Beto, um dos
ajudantes, e voltado para casa. O
outro comparsa, Dudu, teria dado
cobertura em um Escort.
(IURI DANTAS)
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