|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dois presos de Minas trocam regime semi-aberto por tornozeleira eletrônica
DA AGÊNCIA FOLHA
Dois presos do regime semi-aberto de Minas Gerais receberam ontem tornozeleiras eletrônicas com sensores para localização e coibição de crimes.
O condenado Carlos Barbosa, que cumpriu quase um ano
dos cinco que recebeu da Justiça (por assalto mediante ameaça), será o primeiro a ser monitorado. Concordou com as exigências para cumprir o restante da sentença em casa e saiu do
fórum Lafayette, em Belo Horizonte, já com o equipamento.
"Se for para voltar a estar ao
lado de minha família, eu aceito. É bem melhor do que ficar
na prisão", disse Barbosa.
Outro detento também concordou com as exigências.
O monitoramento tem caráter experimental. Serão 60 dias
de testes com dez presos do semi-aberto. Entre os critérios
estão pena remanescente inferior a cinco anos, não ter cometido crime contra a pessoa e ter
linha telefônica e energia elétrica em casa.
A implantação da tecnologia
é analisada pela Secretaria da
Defesa Social do Estado e por
Ministério Público, Defensoria
Pública e Tribunal de Justiça.
Duas tecnologias serão testadas: monitoramento por GPS e
por identificador de radiofreqüência. O acompanhamento
dos sentenciados será feito por
agentes penitenciários, por
meio de central provisória.
Caso o usuário da tornozeleira eletrônica ultrapasse o limite de distância ou rompa o lacre
do material, a infração aparece
no computador de monitoramento e o agente penitenciário
toma as medidas necessárias.
Segundo o secretário da Defesa Social, Maurício Campos
Júnior, o sistema traz vantagens: maior facilidade na fiscalização do cumprimento da pena, abertura de vagas no sistema prisional e redução de gastos. Em média, o monitoramento deverá custar R$ 600
por mês -enquanto um detento em penitenciária custa cerca
de R$ 1.800 mensais.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Justiça manda soltar repórter Roberto Cabrini Índice
|