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LEGISLATIVO
Proposta proíbe outdoors, painéis e até a distribuição de folhetos na região; administração Serra apóia a medida
Câmara veta publicidade no centro histórico
SIMONE HARNIK
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal de São
Paulo aprovou ontem um projeto
de lei que proíbe a publicidade no
centro histórico da cidade. Pela
proposta, não será mais permitida a veiculação de anúncios em
outdoors, cavaletes, banners, painéis nos prédios e até a distribuição de folhetos na região.
A idéia é diminuir a poluição visual no centro. A lei deve ser sancionada pelo prefeito José Serra
(PSDB), pois se soma às iniciativas de revitalização do centro,
uma de suas promessas. Serra
tem agora 15 dias para sancionar e
mais 60 dias para regulamentar a
lei, quando irá definir a punição
para quem infringir a norma.
Em 2003, a Câmara aprovou
uma lei para regulamentar a propaganda na capital, limitando os
anúncios por tamanho e região,
mas não resolveu o problema. O
projeto aprovado ontem torna inválidos os efeitos dessa lei para o
centro histórico e amplia as restrições à publicidade.
Fiscalização
O autor da proposta e presidente da Câmara, Roberto Tripoli
(ex-PSDB), admite que, se a lei de
2003 tivesse sido cumprida, a poluição visual já poderia ser bem
menor. "Não basta lei, o Poder
Executivo tem que fiscalizar."
Pelo projeto aprovado ontem,
continuarão valendo letreiros
com os nomes das lojas fixados
nas próprias fachadas (não podem avançar para a rua). Tripoli
disse que pretende aprovar um
novo projeto, para padronizar a
publicidade nas fachadas.
A proposta aprovada pelos vereadores agrada ao subprefeito da
Sé e novo secretário de Serviços,
Andrea Matarazzo. "É um projeto
que não tem necessidade de verbas e a tendência é fazer com que
os gastos diminuam, pois restringir a propaganda facilita a fiscalização", disse ele.
A partir da regulamentação da
lei, áreas como a da praça da Sé ficarão livres de propagandas. Dentro do perímetro traçado também
estão o largo do Arouche, a avenida Duque de Caxias, o viaduto 9
de julho e a avenida São Luiz.
Segundo ele, um projeto desse
tipo poderia demorar meses para
ser aprovado, já que haveria lobby
de interessados, como lojistas e
anunciantes. Porém, um acordo
entre a liderança do governo e os
vereadores facilitou o processo.
Em troca da aprovação da reforma da previdência dos servidores
municipais na semana passada, o
líder do governo, José Anibal,
propôs que, pelo menos, uma
idéia de cada vereador seria aprovada em 2ª votação.
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