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Estado chega a 40 milhões de habitantes
DA FOLHA ONLINE
O Estado de São Paulo atingirá
em julho a marca de 40 milhões
de habitantes, segundo a pesquisa
divulgada ontem pela Fundação
Seade. Isso significa que 21% da
população brasileira mora em
uma cidade paulista.
Atualmente, com 39.949.487 de
habitantes, o Estado passa a ser
mais populoso do que 178 países.
Na América do Sul, só a Colômbia
abriga uma população superior à
de São Paulo, 45,3 milhões.
Na cidade de São Paulo, o aumento populacional foi de 0,6%
de 2000 para 2005. A cidade tem
hoje 10.744.060 de moradores.
A pesquisa da Seade teve como
base informações sobre pessoas
vivas e mortas provenientes dos
cartórios de registro civil e os resultados dos censos demográficos
do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
De 1991 a 2000, o aumento de
moradores no Estado superou a
média nacional -1,8% contra
1,6%. De 2000 a 2005, o índice subiu 1,6% no Estado e 1,4% no país.
Na década de 50, São Paulo cresceu 3,6% ao ano e o Brasil, 3,2%.
O estudo também apontou o
processo de envelhecimento da
população residente no Estado. A
faixa etária que mais cresceu foi a
de 45 a 49 anos, com 4,2% ao ano.
O número de habitantes com 60
anos ou mais também apresentou
aumento, com 510 mil pessoas.
O índice de crianças e adolescentes com até 15 anos foi o que
registrou menor crescimento neste período, de 1% ao ano.
Grande SP
O alto crescimento populacional em municípios da Grande São
Paulo reflete não apenas um
acréscimo no número de pessoas
residentes na região mas também
uma tendência de esvaziamento
do centro expandido da capital. A
opinião é de Maria Lúcia Refinetti
Martins, professora de Planejamento e Urbanismo da USP.
De acordo com o levantamento,
a região abriga três dos quatro
municípios cujas taxas de crescimento atingem aproximadamente 5% -Vargem Grande Paulista,
Santana de Parnaíba e Caieiras.
Inicialmente, a expansão da região metropolitana foi motivada
por uma explosão demográfica.
Para Bernadete Waldvogel, gerente de Indicadores e Estudos
Populacionais da Seade, este movimento ocorreu principalmente
nas décadas de 50 e 60, quando o
processo de urbanização e as
oportunidades de trabalho
atraíam muitos migrantes.
Para Martins, o motivo pelo
qual as taxas de crescimento permanecem elevadas é que as condições precárias da periferia favoreceram o comércio no centro
-onde as ofertas de saneamento
e transporte, por exemplo, são
maiores. "Em certa medida, a subutilização de construções impossibilitou uma melhor acomodação do crescimento populacional", diz a professora da USP.
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