São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 2005

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Estado chega a 40 milhões de habitantes

DA FOLHA ONLINE

O Estado de São Paulo atingirá em julho a marca de 40 milhões de habitantes, segundo a pesquisa divulgada ontem pela Fundação Seade. Isso significa que 21% da população brasileira mora em uma cidade paulista.
Atualmente, com 39.949.487 de habitantes, o Estado passa a ser mais populoso do que 178 países. Na América do Sul, só a Colômbia abriga uma população superior à de São Paulo, 45,3 milhões.
Na cidade de São Paulo, o aumento populacional foi de 0,6% de 2000 para 2005. A cidade tem hoje 10.744.060 de moradores.
A pesquisa da Seade teve como base informações sobre pessoas vivas e mortas provenientes dos cartórios de registro civil e os resultados dos censos demográficos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De 1991 a 2000, o aumento de moradores no Estado superou a média nacional -1,8% contra 1,6%. De 2000 a 2005, o índice subiu 1,6% no Estado e 1,4% no país. Na década de 50, São Paulo cresceu 3,6% ao ano e o Brasil, 3,2%.
O estudo também apontou o processo de envelhecimento da população residente no Estado. A faixa etária que mais cresceu foi a de 45 a 49 anos, com 4,2% ao ano. O número de habitantes com 60 anos ou mais também apresentou aumento, com 510 mil pessoas.
O índice de crianças e adolescentes com até 15 anos foi o que registrou menor crescimento neste período, de 1% ao ano.

Grande SP
O alto crescimento populacional em municípios da Grande São Paulo reflete não apenas um acréscimo no número de pessoas residentes na região mas também uma tendência de esvaziamento do centro expandido da capital. A opinião é de Maria Lúcia Refinetti Martins, professora de Planejamento e Urbanismo da USP.
De acordo com o levantamento, a região abriga três dos quatro municípios cujas taxas de crescimento atingem aproximadamente 5% -Vargem Grande Paulista, Santana de Parnaíba e Caieiras.
Inicialmente, a expansão da região metropolitana foi motivada por uma explosão demográfica. Para Bernadete Waldvogel, gerente de Indicadores e Estudos Populacionais da Seade, este movimento ocorreu principalmente nas décadas de 50 e 60, quando o processo de urbanização e as oportunidades de trabalho atraíam muitos migrantes.
Para Martins, o motivo pelo qual as taxas de crescimento permanecem elevadas é que as condições precárias da periferia favoreceram o comércio no centro -onde as ofertas de saneamento e transporte, por exemplo, são maiores. "Em certa medida, a subutilização de construções impossibilitou uma melhor acomodação do crescimento populacional", diz a professora da USP.


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