da Reportagem Local

Outra grande vantagem do Afis, de acordo com o delegado Carlos Antonio Guimarães de Sequeira, diretor do instituto de identificação da Polícia Civil, é o fato de ele eliminar em quase 100% as possibilidades de fraudes.
"Se uma pessoa apresentar uma certidão de nascimento falsa quando for se identificar pela primeira vez, possivelmente ela vai conseguir tirar a carteira de identidade", disse Sequeira. Sem a confrontação das impressões digitais, não há como atestar que a pessoa está burlando o sistema.
Hoje, o instituto adota alguns mecanismos, que não foram revelados, para tentar barrar esse tipo de fraude. "Mas não há como pegar todos os casos. O Afis elimina em 99% a possibilidade de fraudes porque ele identifica a pessoa fisicamente", afirmou o delegado.
Outra facilidade que o novo sistema vai trazer para a polícia será a possibilidade de identificar uma pessoa que morre na rua, não tem documentos e ninguém vai reclamar seu corpo. Atualmente, na maioria dos casos, essa pessoa é enterrada como desconhecida.
"Com o Afis, a identificação dos passageiros paulistas mortos no acidente da TAM, por exemplo, seria imediata", disse Sequeira.
Além disso, no futuro, quando os outros Estados brasileiros implantarem o sistema, haverá uma interligação de todos os bancos de dados, o que vai possibilitar a identificação de qualquer pessoa que more no Brasil. No Rio, por exemplo, o Instituto de Identificação Félix Pacheco já está desenvolvendo um projeto semelhante ao de São Paulo. (CA)



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