São Paulo, quinta, 18 de junho de 1998

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IMUNIZAÇÃO
Serão cerca de 15 mil postos fixos e volantes no Estado
SP espera vacinar 3,2 milhões de crianças contra a paralisia

da Redação

No próximo sábado, a Secretaria de Estado da Saúde espera vacinar 3,2 milhões de crianças de até 5 anos contra a poliomielite, dentro da Campanha Nacional contra a Paralisia Infantil.
Serão montados em todo o Estado 15 mil postos fixos e volantes. Todas as unidades de saúde do Estado serão usadas na campanha. A vacinação será realizada das 8h às 17h em todos os locais.
Haverá postos montados em supermercados, shoppings, escolas, igrejas, estações de metrô etc. Em cada local, haverá pelo menos um profissional de saúde.
A vacina Sabin, que previne contra a paralisia, é aplicada em gotas. Por isso, ela pode ser dada fora de posto de saúde.

Erradicada

A campanha de vacinação da poliomielite foi implantada pelo governo federal na década de 80. Com ela, o governo conseguiu erradicar a doença no país.
Desde 1988 não há casos de paralisia infantil no Estado de São Paulo e, desde 1990, nenhuma criança é atingida pela doença no Brasil.
Segundo Clélia Maria Aranda, 40, diretora da Divisão de Imunização da secretaria, em alguns locais mais afastados, as crianças já estão sendo vacinadas.
"Nas áreas rurais de Registro (185 km a sudoeste de São Paulo), por exemplo, as doses da Sabin já estão sendo levadas, pois o acesso precisa ser feito de barco", disse.
A diretora disse que haverá pelo menos um posto em cada município. "Todas as cidades terão locais de vacinação", afirmou.

Outras vacinas
Clélia disse que as mães devem levar as carteiras de vacinação de seus filhos no sábado para que seja verificado se a criança está imunizada corretamente.
"Nos postos de saúde, haverá outras doses de vacinas além da Sabin", disse a diretora.
Haverá postos com doses das vacinas BCG intradérmica (contra tuberculose), tríplice (contra difteria, tétano e coqueluche), anti-sarampo, tríplice viral (contra sarampo, rubéola e coqueluche) e a dupla adulto (difteria e tétano).
"No interior do Estado, na região oeste, haverá também o reforço das doses contra a febre amarela, porque lá é medida da secretaria a imunização contra essa doença", declarou Clélia.
Nem todos os postos terão todos os tipos de vacina. Por isso, os profissionais de saúde que estarão em cada local orientarão os responsáveis depois de verificar a carteira de vacinação da criança.
"Se alguma dose estiver em atraso e o posto não tiver a vacina, o agente de saúde dirá ao acompanhante da criança onde está sendo feita a imunização para aquela doença."
(FABÍOLA SALANI)


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