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VIOLÊNCIA
Utilizando objeto cortante, homem já fez sete vítimas; prefeitura está fornecendo coquetel anti-Aids a agredidas
Maníaco ataca mulheres no interior de SP
MARCO DE CASTRO
DO "AGORA"
A polícia de Taubaté (130 km de
SP) ainda não encontrou pistas
do maníaco que, em pouco mais
de um mês, atacou, com uma arma cortante, sete mulheres e acabou mudando a rotina de boa
parte das moradoras da cidade.
Os três primeiros casos ocorreram na mesma noite, 11 de junho.
Desde então, mais quatro vítimas
foram atacadas e registraram
ocorrência na delegacia. Dessas,
seis contaram haver sido agredidas por um homem magro e pardo, que usava boné, calças e jaqueta jeans claras.
Segundo os depoimentos, o
agressor aproxima-se com uma
bicicleta e aborda a vítima por
trás. Ao passar pela mulher, acerta suas nádegas com um instrumento cortante -um estilete ou
um canivete. Depois disso, sem
parar ou dizer alguma coisa à vítima, foge pedalando.
"Quando aconteceu comigo,
pensei que ele tivesse batido com
o guidão da bicicleta em mim. Depois vi que estava sangrando", diz
a quinta mulher atacada, uma
bancária de 26 anos que prefere
não se identificar.
Segundo a polícia, em apenas
um dos casos, o penúltimo, ocorrido em 12 de julho, a vítima descreveu o ataque e o agressor de
maneira diferente. Em depoimento, ela contou que um homem mulato, careca e forte, de
cerca de 40 anos, a agarrou por
trás. Após lutar com ele, ela foi ferida com uma facada no braço.
Em seguida, o agressor fugiu.
"Esse ataque foge ao padrão dos
outros e pode ser que não tenha
sido cometido pelo mesmo indivíduo. Mas, como aconteceu na
mesma região das demais agressões e o criminoso usou uma arma cortante, também não descartamos a hipótese de que tenha sido obra do maníaco", diz o delegado titular da DIG (Delegacia de
Investigações Gerais), Paulo Procópio, que chefia a investigação
sobre o caso.
Enquanto a polícia não prende
o maníaco, o pânico cresce entre
as moradoras de Taubaté. Muitas
afirmam que estão deixando de
sair de casa à noite. Segundo boatos na cidade, mais de 15 mulheres já teriam sido atacadas.
Coquetel anti-Aids
A prefeitura de Taubaté está fornecendo o coquetel anti-Aids às
mulheres atacadas pelo maníaco.
Elas têm de tomá-lo pelo prazo de
seis meses.
A estudante B.C.L.N., 15, primeira vítima do maníaco, foi recentemente imunizada contra o
tétano e está tomando o coquetel
anti-Aids. Os efeitos colaterais logo foram notados pelos pais. Segundo a mãe, a jovem tem apresentado sintomas de depressão.
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