São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 2002

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Sumiço de R$ 2 mi em mercadorias em aeroporto é apurado em Campinas

DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS

A Polícia Federal de Campinas (95 km de São Paulo) investiga o desaparecimento de mais de R$ 2 milhões em mercadorias que estavam em terminais de cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos, o maior em transporte de cargas do país.
Nos seis primeiros meses deste ano, seis ocorrências de furto foram registradas no posto da Polícia Civil do aeroporto.
Em uma das ocorrências, segundo a Polícia Civil, a Fedex (Federal Express Corporativa) registrou, no último dia 16 de abril, o desaparecimento de uma carga de 90 kg, de compartimentos eletrônicos, avaliada em US$ 497 mil (R$ 1.440.306). A carga era da Itautec Philco S.A., de Jundiaí.
Um mês depois, 250 kg de processadores, também da Itautec Philco S.A., avaliados em R$ 631.897, também desapareceram. Esse caso foi registrado pela própria Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), que administra o aeroporto, de acordo com a Polícia Civil.
Duas transportadoras, a TCB (Transporte Charles do Brasil) e a ABSA (Asa Aerolinhas Brasileiras), registraram mais duas ocorrências, e a Infraero, mais dois furtos -um deles o desaparecimento de 1,9 kg de pedras semipreciosas, estimadas em R$ 12.196, segundo a Polícia Civil.
Segundo apurou a Folha, funcionários que teriam acesso ao terminal estariam envolvidos com o desaparecimento das cargas. O destino do material furtado seria a comercialização.
A área do terminal de cargas é restrita aos funcionários credenciados da Receita Federal, da Infraero e da Polícia Federal. Dessa forma, a competência para apuração da ocorrência é da Polícia Federal, segundo o delegado da Polícia Civil responsável por Viracopos, Wilson Roberto Ordones.
"Não temos nem acesso a esse setor. Registramos as ocorrências e passamos as informações para a Polícia Federal", disse Ordones.
A Polícia Federal confirmou a abertura de sindicância para apurar o caso, mas não deu detalhes.
O delegado responsável pela PF em Campinas, Mário José Grachet, não foi encontrado para comentar as investigações.
Até as 19h de ontem, a assessoria da Infraero não havia respondido às questões enviadas por e-mail pela reportagem da Folha.



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