São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Alckmin pretende remover favela vizinha ao parque

DA REPORTAGEM LOCAL

Para transformar a área em torno do córrego Carajás, que passa no Carandiru, num contínuo verde, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que irá remover as famílias que moram atualmente na favela Zacki Narchi, vizinha dos pavilhões implodidos ontem.
"Nós já liberamos 150 apartamentos para as famílias, vamos liberar mais 350 na CDHU [Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo]. Aí, com 500 apartamentos, a gente tira todo mundo que está numa área insalubre e faz uma área verde contínua ao córrego."
Dessa forma, o córrego ficará menos poluído e a cidade ganhará charme, segundo Alckmin. "Toda a cidade tem o seu charme, que é uma área comum do povo. E São Paulo tem poucas áreas verdes", afirmou.
No local, já funciona o parque da Juventude. E, agora, com a implosão dos pavilhões 2 e 5, será iniciada a terceira fase de implantação desse parque.
A nova área aberta com a derrubada dos dois prédios será chamada de parque Institucional, onde haverá um pavilhão de exposições com dois pisos. Existirá ainda uma praça externa, para permitir que os eventos também aconteçam ao ar livre, e varandas no piso superior.
O custo previsto para a construção desse pavilhão é de R$ 6,5 milhões. Já para as obras do teatro que deve ser criado no local, o valor será bem maior: R$ 16 milhões.
Segundo o governador, o Estado não tem recursos para executar o projeto sozinho e procura parceiros na iniciativa privada.
A idéia é que seja construída uma casa de espetáculos com capacidade para 500 pessoas, em 4.800 metros quadrados. Haverá um palco ao ar livre, o que permitirá apresentações internas e externas.
Nos pavilhões que restaram (4 e 7), serão feitas reformas e eles abrigarão serviços públicos diversos. Haverá acesso gratuito à internet e escola técnica estadual com cursos de enfermagem e museologia, entre outros.
A primeira fase, que teve a criação de dez quadras poliesportivas, pistas de skate e cooper, vestiários, lanchonete e estacionamento, terminou em 2003.
No ano seguinte, na segunda fase, foi entregue o parque Central. Ele ocupa uma área verde de 95 mil m2 que é composta por vegetação remanescente da mata atlântica. "O parque da Juventude vai servir para toda a cidade porque está do lado do metrô", disse o governador.


Texto Anterior: Implosão: Limpeza do Carandiru vai demorar 3 meses
Próximo Texto: "Eu me transformei aí dentro"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.