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Alckmin pretende
remover favela
vizinha ao parque
DA REPORTAGEM LOCAL
Para transformar a área
em torno do córrego Carajás, que passa no Carandiru,
num contínuo verde, o governador Geraldo Alckmin
(PSDB) disse que irá remover as famílias que moram
atualmente na favela Zacki
Narchi, vizinha dos pavilhões implodidos ontem.
"Nós já liberamos 150
apartamentos para as famílias, vamos liberar mais 350
na CDHU [Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado
de São Paulo]. Aí, com 500
apartamentos, a gente tira
todo mundo que está numa
área insalubre e faz uma área
verde contínua ao córrego."
Dessa forma, o córrego ficará menos poluído e a cidade ganhará charme, segundo Alckmin. "Toda a cidade
tem o seu charme, que é uma
área comum do povo. E São
Paulo tem poucas áreas verdes", afirmou.
No local, já funciona o parque da Juventude. E, agora,
com a implosão dos pavilhões 2 e 5, será iniciada a
terceira fase de implantação
desse parque.
A nova área aberta com a
derrubada dos dois prédios
será chamada de parque Institucional, onde haverá um
pavilhão de exposições com
dois pisos. Existirá ainda
uma praça externa, para permitir que os eventos também aconteçam ao ar livre, e
varandas no piso superior.
O custo previsto para a
construção desse pavilhão é
de R$ 6,5 milhões. Já para as
obras do teatro que deve ser
criado no local, o valor será
bem maior: R$ 16 milhões.
Segundo o governador, o
Estado não tem recursos para executar o projeto sozinho e procura parceiros na
iniciativa privada.
A idéia é que seja construída uma casa de espetáculos
com capacidade para 500
pessoas, em 4.800 metros
quadrados. Haverá um palco ao ar livre, o que permitirá apresentações internas e
externas.
Nos pavilhões que restaram (4 e 7), serão feitas reformas e eles abrigarão serviços públicos diversos. Haverá acesso gratuito à internet e escola técnica estadual
com cursos de enfermagem
e museologia, entre outros.
A primeira fase, que teve a
criação de dez quadras poliesportivas, pistas de skate e
cooper, vestiários, lanchonete e estacionamento, terminou em 2003.
No ano seguinte, na segunda fase, foi entregue o parque Central. Ele ocupa uma
área verde de 95 mil m2 que é
composta por vegetação remanescente da mata atlântica. "O parque da Juventude
vai servir para toda a cidade
porque está do lado do metrô", disse o governador.
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