São Paulo, sábado, 18 de julho de 1998

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Doméstica é presa por sequestrar criança

das Regionais

O menino L.T.S., 3, foi encontrado anteontem à noite em um banheiro do Terminal Rodoviário do Tietê (zona norte de SP) depois que uma mulher tentou embarcar com ele sem seus documentos.
A polícia já procurava pela criança após o registro do seu desaparecimento no final da tarde na região de Santo Amaro (zona sul de SP).
A mãe de L., Leonilda Teixeira dos Santos, 29, percebeu que o filho e a empregada, Eva da Penha Silva de Assis, 41, não estavam em casa quando ela chegou do serviço.
Eva trabalhava na casa da família, na Vila Nagib, havia 30 dias.
A doméstica acusada de sequestrar o menor foi detida pela Polícia Rodoviária Federal em Taubaté (134 km de SP) anteontem à noite e trazida para o 100º DP (Jardim Herculano), em São Paulo.

Na rodoviária

O delegado Deodato Panzarini, de plantão no 100º DP, ao descobrir que a doméstica morava em Coimbra (MG), designou policiais para investigar os ônibus que saiam da rodoviária para aquela região de Minas.
O tumulto que se seguiu na plataforma para o embarque da mulher acelerou o esclarecimento da ocorrência e o encontro do menino escondido no banheiro.
Os policiais acharam o garoto, mas Eva conseguiu embarcar num ônibus para Ponte Nova, em Minas Gerais.
No meio da estrada, policiais rodoviários pararam o ônibus. A doméstica acabou sendo detida por eles em um posto de gasolina instalado no km 114 da via Dutra, em Taubaté.
Os policiais receberam um comunicado, por meio do rádio, do 100º DP de São Paulo, para tentar prender Eva. Três policiais participaram da operação.
Eles conseguiram localizá-la com base nas descrições físicas passadas pela Polícia Civil. A empregada não reagiu à ordem de prisão.

Afeição

Ao chegar à delegacia, Eva contou duas histórias diferentes sobre o sequestro.
Primeiro, ela disse que foi obrigada a levar o garoto por uma mulher morena que estava armada.
"Essa mulher (a morena), que eu nunca vi antes, mandou que eu fosse com ela até a rodoviária", disse Eva.
No local, a desconhecida teria comprado as passagens de ônibus e dito para ela embarcar com L.
Depois, Eva acabou afirmando que queria levar o menino para a casa de parentes, em Minas Gerais. "Eu me afeiçoei ao menino."
Eva disse que é casada e que perdeu dois filhos. "Meu marido mora em Viçosa (Minas Gerais).


Colaborou Hélio Santos, do "Notícias Populares"



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