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TRÂNSITO
Novo diretor
do Denatran
quer redução
de multas
ABNOR GONDIM
da Sucursal de Brasília
O novo diretor do Denatran
(Departamento Nacional de Trânsito), Gidel Dantas, defendeu ontem a redução de multas e a eliminação da contagem de pontos para
efeito de suspensão da carteira de
motorista nas infrações leves.
"Um cidadão não pode ter sua
carteira suspensa porque, numa
emergência, estacionou na faixa
destinada a pedestres. Isso é passível de revisão, bem como os valores das multas aplicadas em infrações leves que não colocam em risco a segurança das pessoas", disse.
Nomeado para o cargo na última
terça-feira, Dantas afirmou que
esses valores devem ser revistos.
Se um motorista cometer sete infrações leves, poderá ter a habilitação suspensa por até dois anos e
pagar quase R$ 350 de multas.
"As multas pesadas e a contagem para as infrações graves e gravíssimas podem até ser aumentadas para coibir práticas que colocam em risco a vida, como embriaguez, avanço de sinal e excesso
de velocidade", disse o diretor.
Segundo ele, a modificação do
novo código este ano enfrenta dificuldades por causa das eleições.
Na sua avaliação, o governo será
acusado de fazer ato eleitoreiro se
atender às reclamações do presidente do Senado, Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA), que considera as multas muito altas.
Inspeção
Até novembro, o Ministério da
Justiça terá de definir a licitação
sobre as empresas que poderão fazer inspeção veicular anual dos
carros e a implantação das novas
regras que tornam mais rígidos a
formação de motoristas.
Para Dantas, médias empresas
desvinculadas das grandes companhias de peças de carros deverão ser escolhidas para prestar os
serviços de inspeção. Ele disse que
a licitação deverá permitir a participação de consórcios entre empresas nacionais e internacionais.
O novo diretor do Denatran afirmou que a inspeção veicular deve
começar a ser implantada em
março de 1999 e só irá ser adotada
em todo o país em quatro anos.
Segundo ele, a inspeção deve
avaliar pelo menos cinco itens
-freios, sistema de direção, suspensão, pneus e iluminação-
com um custo para o dono do carro de cerca de R$ 50. Isso movimentaria R$ 1,3 bilhão por ano.
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