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ACIDENTE
Praticante de rapel teve fraturas, hemorragia no cérebro e corre risco de vida
Engenheiro cai de viaduto em SP
ALENCAR IZIDORO
da Reportagem Local
O engenheiro mecânico e instrutor de mergulho Paulo Rogério
Yoshikawa, 28, caiu ontem de
madrugada do viaduto da Sumaré, na avenida Dr. Arnaldo (zona
sudoeste de SP), quando praticava rapel (técnica que usa cordas
para descer de lugares altos).
Yoshikawa, que foi operado ontem de manhã no Hospital das
Clínicas, teve fraturas expostas
nas duas pernas, lesão no tórax e
uma pequena hemorragia no cérebro. A assessoria do hospital informou no final da tarde que ele
corria risco de vida.
Segundo praticantes de rapel
que viram o acidente, havia cerca
de 80 pessoas no local. Sete pessoas que descem do viaduto de 28
metros há pelo menos dois anos
disseram nunca ter visto o engenheiro. Yoshikawa teria caído
quando estava há cerca de dez
metros do chão.
Eles disseram que o engenheiro
desceu sem o "segurança" (pessoa que fica embaixo do viaduto,
segurando a corda para poder travá-la).
A mãe do engenheiro, Marta
Yoshikawa, não soube dizer há
quanto tempo seu filho praticava
o rapel. Afirmou apenas que "não
fazia muito tempo".
"Moda"
"O viaduto virou moda", disse o
instrutor Cláudio Barra Jover, 25,
que pratica rapel no local há quatro anos.
Ele disse que, há um ano e meio,
começaram a aparecer "jovens
sem experiência" no local para
descer do viaduto. Apesar disso,
nunca havia ocorrido um acidente grave até ontem.
"Existem os mais radicais que,
mesmo inexperientes, querem
descer olhando para o chão", afirmou Jover.
O rapel, segundo ele, costuma
ser visto como esporte, mas é uma
técnica de descida utilizada por
alpinistas e exploradores de cachoeiras e cavernas.
O capitão Edson de Jesus, relações públicas da PM, admitiu que
a polícia poderia impedir a prática do rapel naquele lugar, já que
"há risco contra a vida alheia e até
mesmo de tumulto". Mas, segundo ele, isso não acontece "porque
a polícia não pode ficar voltada só
para isso".
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