São Paulo, Sábado, 18 de Setembro de 1999
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JUSTIÇA
Julgamento deve ocorrer em 15 dias
Viscome tem sua condenação pedida

LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local

O Ministério Público de São Paulo apresentou ontem as alegações finais à Justiça solicitando a condenação do ex-vereador Vicente Viscome e de outros oito funcionários da Administração Regional da Penha.
Todos são suspeitos de participar de um esquema de cobrança de propina envolvendo a administração municipal. O caso, que se estende a outras regionais de São Paulo, ficou conhecido como "máfia da propina".
A alegação do Ministério Público é a última manifestação da promotoria antes do julgamento, que deve ocorrer em 15 dias.
Em 98 laudas, a promotoria descreve as acusações contra os funcionários e o ex-vereador -que comandava politicamente a Regional da Penha- e pede a condenação de todos por concussão (receber vantagem para deixar de cumprir função pública) e formação de quadrilha.
No caso de Viscome, que já acumula uma condenação na Justiça -por tentativa de homicídio em 1990-, o Ministério Público pede que ele comece a cumprir a pena em regime fechado.
O vereador está preso desde 31 de março no 29º DP (Vila Diva), a espera do julgamento.
"Os demais denunciados, se forem condenados, podem começar a cumprir a pena em regime aberto ou semi-aberto", afirmou o promotor Gilberto Garcia.
Além de Viscome, os réus do processo são: Tânia de Paula (ex-assessora e namorada do vereador), Ivan Márcio Gitahy, Vladimir Ferreira e Fernando Capitão (seus ex-assessores), Oswaldo Morgado da Cruz (ex-regional), Pedro Antônio Saul (ex-supervisor de Serviços Públicos), Fernando Lepper (ex-supervisor de Uso e Ocupação do Solo) e a engenheira Eliani Bittante.
A defesa dos envolvidos está preparando sua alegação final e tem até a próxima semana para apresentá-la à Justiça. Todos, com exceção de Saul, negam qualquer envolvimento.


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