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Médica ganha ação contra empresa
ESPECIAL PARA A FOLHA
Elizabeth Alves Faria, 38, médica ginecologista e obstetra, conhece bem o transtorno que o
overbooking pode causar.
Em janeiro de 1999, ela, sua mãe
e sua filha, de férias em Cancún
(México), não conseguiram embarcar de volta para São Paulo devido ao excesso de lotação do
avião. Era um vôo direto, sem escalas, e não era fretado. Elas haviam confirmado a viagem de regresso durante as férias.
Como não houve jeito de viajar,
as três retornaram ao hotel. Lá, receberam dois telegramas da Varig
confirmando a viagem para o dia
seguinte. Mas, de volta ao aeroporto, não conseguiram embarcar outra vez. "Eu expliquei que
sou obstetra e tinha pacientes me
aguardando para fazer o parto. O
colega que me substituiu durante
as férias não poderia ficar além do
tempo combinado. Mas nada do
que eu disse resolveu", afirmou.
Regressaram com as bagagens
ao hotel. Segundo a médica, no
terceiro dia a Varig continuou dizendo que os vôos estavam lotados e elas não iam embarcar.
Depois de muita discussão, Elizabeth aceitou pegar um vôo fretado de outra companhia, com
três escalas até São Paulo.
No Brasil, apresentou reclamação ao DAC (Departamento de
Aviação Civil). Depois, entrou
com uma ação judicial contra a
Varig pedindo indenização por
danos materiais e morais. Ganhou em primeira instância. O
juiz mandou a empresa pagar cerca de R$ 11 mil por pessoa, valor
previsto na Convenção de Varsóvia. A Varig recorreu da decisão.
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