São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 2000

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Médica ganha ação contra empresa

ESPECIAL PARA A FOLHA

Elizabeth Alves Faria, 38, médica ginecologista e obstetra, conhece bem o transtorno que o overbooking pode causar.
Em janeiro de 1999, ela, sua mãe e sua filha, de férias em Cancún (México), não conseguiram embarcar de volta para São Paulo devido ao excesso de lotação do avião. Era um vôo direto, sem escalas, e não era fretado. Elas haviam confirmado a viagem de regresso durante as férias.
Como não houve jeito de viajar, as três retornaram ao hotel. Lá, receberam dois telegramas da Varig confirmando a viagem para o dia seguinte. Mas, de volta ao aeroporto, não conseguiram embarcar outra vez. "Eu expliquei que sou obstetra e tinha pacientes me aguardando para fazer o parto. O colega que me substituiu durante as férias não poderia ficar além do tempo combinado. Mas nada do que eu disse resolveu", afirmou.
Regressaram com as bagagens ao hotel. Segundo a médica, no terceiro dia a Varig continuou dizendo que os vôos estavam lotados e elas não iam embarcar.
Depois de muita discussão, Elizabeth aceitou pegar um vôo fretado de outra companhia, com três escalas até São Paulo.
No Brasil, apresentou reclamação ao DAC (Departamento de Aviação Civil). Depois, entrou com uma ação judicial contra a Varig pedindo indenização por danos materiais e morais. Ganhou em primeira instância. O juiz mandou a empresa pagar cerca de R$ 11 mil por pessoa, valor previsto na Convenção de Varsóvia. A Varig recorreu da decisão.



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