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NARCOTRÁFICO
Revista em presídio de segurança máxima mostra que, mesmo sob a supervisão da PM, falhas na vigilância continuam
Polícia acha celulares e drogas em Bangu 1
DA SUCURSAL DO RIO
Mesmo após a Polícia Militar
ter assumido a segurança do presídio Bangu 1, celulares e drogas
continuam entrando na unidade.
Em operação realizada ontem,
agentes da Polícia Interestadual
encontraram dois celulares, dois
carregadores e uma pequena
quantidade de maconha na galeria A, mesmo local onde estava o
traficante Luís Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Ontem, havia 18 presos na galeria.
O chefe da operação, delegado
Luiz Antônio Buzinaro, afirmou
que um dos celulares entrou no
presídio no domingo, dia de visitas para os presos. O aparelho estava envolto em uma camisinha, o
que indica que teria entrado no
presídio dentro da vagina da mulher de um detento.
O delegado afirmou também
que os celulares foram encontrados dentro de uma televisão e sobre a laje de uma das celas, e que
ainda não há pistas de quem estaria usando os aparelhos.
Na operação, foi encontrada
uma fotografia da modelo Viviane Araújo, namorada do cantor
Marcelo Pires Vieira, o Belo, que
está sendo investigado por suposto crime de associação com traficantes do Jacarezinho. A foto tinha dedicatória para o traficante
Daniel Fragoso da Silva Filho, o
Dani do Jacarezinho, preso em
Bangu 2.
A dedicatória -"Para um grande amigo, um forte abraço e um
grande beijo"- tinha a data de 16
de fevereiro. Viviane não foi localizada pela Folha para comentar o
assunto.
Buzinaro disse que, na rebelião
de quarta-feira, em que morreram quatro presos, um dos alvos
da quadrilha de Beira-Mar era o
traficante Marcelo PQD, do Terceiro Comando. Armado com
uma pistola, PQD teria atirado
duas vezes em integrantes do Comando Vermelho, que desistiram
de matá-lo e resolveram atacar Uê
e outros membros da ADA.
O delegado-titular da Draco
(Delegacia de Repressão a Ações
Criminosas), Ricardo Hallak, disse que só após o final dos depoimentos decidirá se pede a quebra
dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de alguns dos 21 agentes
penitenciários que trabalhavam
em Bangu 1 na véspera e no dia da
rebelião. "Mas a conivência está
provada porque os presos tinham
quatro pistolas, três estavam com
o Comando Vermelho e uma com
o Terceiro Comando", disse.
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