São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

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SÃO SEBASTIÃO

Alunos ficam sem aula após ameaça de acerto de contas entre grupos rivais
Aproximadamente mil alunos de São Sebastião tiveram as aulas suspensas na manhã de ontem após a ameaça de um acerto de contas entre grupos criminosos da cidade que poderia ocorrer no bairro Topolândia, na periferia do município.
Dois homens armados pularam o muro da escola estadual Josepha de Sant'Anna Neves. A direção da escola acredita que eles procuravam pelo mandante do assassinato do filho de Carlos José Santana da Silva, o Gaguinho, que integraria um suposto grupo de "justiceiros".
Cleidison Cury de Araújo Santana da Silva, 20, o Quequé, foi morto na Cadeia Pública de São Sebastião duas horas após ser detido, por porte de armas, no final de semana.
A escola, de ensino médio e supletivo, fica em uma das áreas mais violentas da cidade onde a disputa entre grupos rivais de traficantes dos bairros da Topolândia e Itatinga já implantou o toque de recolher a moradores e comerciantes da região.
No sábado, Quequé foi enforcado com uma toalha durante o banho de sol.
Ele é filho de Gaguinho, que está sendo procurado pela polícia de São Sebastião desde 1996. Segundo o delegado seccional de São Sebastião, João Barbosa Filho, Quequé é suspeito de ter cometido dois assassinatos na cidade. Barbosa Filho acha prematuro relacionar a invasão na escola com a morte do preso.
"A vice-diretora acredita que a invasão pode estar relacionada com a morte do preso e, por isso, decidiu suspender as aulas", disse o diretor de ensino do litoral, Laércio Albarici.


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