São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

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BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE

Ainda faltam alvarás; execução do projeto deve custar R$ 7 milhões

Reforma só deve acabar em 2004

DA REPORTAGEM LOCAL

A reforma da Biblioteca Municipal Mário de Andrade deverá ser concluída apenas no primeiro semestre de 2004, e não mais em janeiro de 2003, conforme o inicialmente previsto.
O prédio, inaugurado em 1942, terá sua área ampliada de 11 mil m2 para 16 mil m2. Ele ganhará novo auditório, um depósito subterrâneo de três pavimentos e ainda dois terraços envidraçados -o primeiro para a rua da Consolação, o segundo para a praça D. José Gaspar- que deverão quase triplicar a superfície das salas de leitura.
"A reforma não é para deixar a biblioteca bonita", afirma o diretor José Castilho Marques Neto, 49, "mas para que ela [a biblioteca" se viabilize".
O atraso está de certo modo ligado à ambição do projeto, cuja execução custará R$ 7 milhões ao orçamento municipal.
Para a escavação do "bunker" de três pavimentos, entre o atual edifício e a rua Bráulio Gomes, a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) precisou fazer uma prospecção do solo, que foi apenas anteontem concluída.
Sem ela, o escritório de arquitetura Fábio Penteado não poderia terminar a planta detalhada, necessária, por sua vez, para a abertura das licitações.
Há ainda consultas e alvarás a serem obtidos dentro da prefeitura, como o do Departamento de Patrimônio Histórico, ou fora dela, como no Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), já que o prédio se localiza pertinho da tombada ladeira da Memória. Também é preciso receber o sinal verde do Ministério Público do Meio Ambiente, já que algumas árvores do entorno mudarão de lugar ou serão sacrificadas.
A Mário de Andrade está se desligando do Departamento de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura. Será uma autarquia, mesmo estatuto do Centro Cultural São Paulo. Até os anos 60, era ela que centralizava compras e catalogação da rede de bibliotecas municipais.
Sua revitalização, no quadro das políticas destinadas a tornar o centro histórico mais dinâmico e atraente, também deve ser acompanhada da redefinição de sua missão cultural, diz o seu diretor. É um trabalho a ser iniciado com uma avaliação precisa do acervo. A biblioteca desconhece, por exemplo, se tem 350 mil ou 600 mil livros. Quanto aos documentos, eles podem ser tanto 1 milhão quanto o triplo disso. (JOÃO BATISTA NATALI)


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