São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

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ADMINISTRAÇÃO

Marta já aplicou R$ 38 mi, contra R$ 23,1 mi no ano passado

Gasto com publicidade é 64% maior

DA REPORTAGEM LOCAL

Em ano eleitoral, a prefeita Marta Suplicy (PT) já gastou 64% a mais com investimentos em publicidade do que em todo o ano passado, o primeiro de seu mandato à frente da prefeitura.
No começo de 2001, foram reservados R$ 16 milhões para publicidade, mas foram gastos, efetivamente, R$ 23,1 milhões.
Já neste ano, o Orçamento previa R$ 22,5 milhões para Marta divulgar suas iniciativas. Até anteontem, R$ 37,9 milhões já haviam saído dos cofres municipais.
E a intenção da prefeita é gastar ainda mais nessa área. Em decreto publicado sábado no "Diário Oficial" do município, foram liberados mais R$ 4 milhões para a Secretaria de Comunicação.
Desse total, R$ 1,5 milhão será utilizado em publicações oficiais. O restante será destinado, segundo texto do decreto, para a ampliação e manutenção dos serviços de call center da prefeitura, como o "Alô Limpeza", uma espécie de 0800 que atende solicitações de munícipes.

Remanejamento
Para conseguir chegar ao total, Marta remanejou R$ 300 mil do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana).
Os outros R$ 3,7 milhões foram tirados de outros serviços da secretaria, como a manutenção do portal de internet e a operação da gráfica municipal.
O secretário de Comunicação, José Américo Dias, afirma que o aumento nos gastos com publicidade em relação a 2001 podem ser explicados pelas ações e campanhas que a prefeitura desenvolveu ao longo do ano, como na campanha de combate à dengue, na divulgação dos projetos sociais, na divulgação da distribuição de uniformes escolares e para a publicidade do Plano Diretor, sancionado na sexta-feira.

Aumento
"A quantidade de serviços prestados aumentou. Logo, aumentamos os gastos com publicidade. Vale lembrar que nossos gastos estão dentro da lei e todas as campanhas são de utilidade pública", disse ele.
Dias nega que os aumentos na verba de publicidade tenham relação com o período eleitoral. "Isso não tem fundamento. Nós não seguimos calendário eleitoral", afirmou o secretário.
Há mais de um mês, um decreto assinado pela prefeita determinava um corte de 8,5% no Orçamento deste ano. A prefeitura alega que os cortes são necessários por conta da queda na arrecadação do município.


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