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Minoria critica programa, diz Tarso
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Educação, Tarso
Genro, disse ontem no Rio que
apenas uma minoria das instituições filantrópicas não aprovou o
Prouni -programa do MEC que
cria vagas públicas em instituições privadas para estudantes carentes, deficientes ou professores
da rede pública.
Segundo o ministro, as críticas
seriam de instituições que "não
cumprem a obrigação de gratuidade e empresas disfarçadas de
instituições filantrópicas".
A afirmação foi feita no Rio, antes de sua participação na cerimônia de comemoração dos 150 anos
do Instituto Benjamin Constant.
Nesta semana, alguns dirigentes
de entidades -entre eles o reitor
Jesús Hortal Sánchez (PUC do
Rio)- criticaram o programa.
Sánchez afirmou que o Prouni diminuiria o número de bolsas parciais dadas pela PUC-RJ.
O ministro disse, no entanto,
que sua crítica não era direcionada aos reitores que haviam criticado o programa nesta semana.
"Recebo muito bem essas críticas. Todo debate sobre o Prouni é
sadio e democrático. Acho positivo que um projeto dessa envergadura, que abra vagas para alunos
que jamais teriam condições de
chegar à universidade, tenha recebido críticas de apenas duas ou
três instituições, quando, na verdade, há mais de mil envolvidas
no programa", disse o ministro.
Sobre o risco, levantado pelo
reitor da PUC do Rio, de o Prouni
diminuir o número de bolsas parciais concedidas, prejudicando
estudantes que têm dificuldades
para pagar uma mensalidade integral, Tarso afirmou que as críticas são de quem não "compreendeu o projeto".
"A bolsa é destinada exclusivamente a quem não tem dinheiro.
As pessoas que serão beneficiadas
não teriam um tostão para pagar a
mensalidade e ficariam fora da
universidade", disse o ministro.
O programa de bolsas foi instituído por medida provisória na
última segunda-feira. A destinação de vagas públicas é obrigatória para instituições filantrópicas
e opcional para aquelas com e
sem fins lucrativos.
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