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Pesquisa com humanos exige aval de conselho
DA REPORTAGEM LOCAL
O primeiro critério para
aprovação de uma pesquisa experimental com seres humanos é avaliar se já existem evidências científicas da eficácia e
segurança suficiente para as
pessoas envolvidas, já que existe a possibilidade de riscos.
A afirmação é da secretária-executiva do Conselho Nacional de Ética em Pesquisas, órgão ligado ao Ministério da
Saúde, Corina Bontempo de
Freitas. "É necessário avaliar os
riscos, os benefícios e os resultados", afirma Corina.
Segundo ela, o conselho ainda não recebeu nenhum pedido de análise para autorizar as
pesquisas envolvendo transplantes de células-tronco em
pacientes com ELA (esclerose
lateral amiotrófica), doença
que atacou o banqueiro paulista que entrou na Justiça para
realizar a operação.
"Não sabíamos nem da decisão judicial. Espero que esse seja um caso excepcional porque
os hospitais não podem continuar fazendo esse procedimento sem passar pela nossa análise. Esse tipo de experiência ainda depende de nossa aprovação", alertou Corina.
Esclerose múltipla
Ainda segundo Corina, já
existem pedidos de pesquisa
aprovados para realização de
transplante de células-tronco
autólogas para tratamento de
esclerose múltipla, e não da esclerose amiotrófica.
Depois que um pedido de
avaliação dá entrada no conselho, o órgão tem 60 dias para
emitir um parecer.
Há casos em que o prazo pode se estender porque os conselheiros entendem que são necessários alguns ajustes ou solicitam consultorias com outros
especialistas da área envolvida
no processo.
Existem cerca de 450 comitês
de ética em pesquisa espalhados pelo Brasil -funcionam
em hospitais e universidades.
Todo projeto que envolve
pesquisa com seres humanos
precisa passar por avaliação
nos comitês locais e, em casos
especiais, como novos procedimentos e tratamentos de saúde, é necessário que eles passem pela análise e sejam aprovados pelo Conep.
(FB)
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