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PLANTÃO MÉDICO
Atleta sem limite terá problemas
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
O treinamento excessivo ou a
tentativa de superar limites físicos
podem provocar danos à saúde.
Uma análise das questões que
envolvem intervenções de árbitros, médicos e profissionais de
saúde na atividade exagerada dos
atletas foi apresentada pelo professor Walter Celso de Lima e colaboradores da Universidade do
Estado de Santa Catarina (Lílian
Wagner e Lourenço Sampaio de
Mara) no 6º Congresso Brasileiro
de Bioética e Fórum da Redebioética da Unesco, realizado recentemente em Foz do Iguaçu (PR).
O trabalho "Os Limites do Atleta: Intervenção e Risco Problemas
Bioéticos" assinala que, apesar de
não haver uma padronização sobre os efeitos do treinamento excessivo e de situações de estresse
em atletas, o limite físico para os
esforços pode se manifestar sob a
forma de esgotamento físico ou
emocional e ainda por diminuição de resultados quando comparados a desempenhos anteriores.
Apesar de cansados e esgotados,
os atletas permanecem competindo devido a compensações financeiras, pressões e expectativas dos
pais, de técnicos ou da sociedade.
Um atleta, na busca pela vitória,
pode facilmente extrapolar o limite de sua capacidade física, chegando bem perto de provocar
graves danos à sua saúde.
Dessa forma, o limite ético que
permite a intervenção do médico
do esporte na performance do esportista visando preservá-lo de
graves danos ocorre quando ele
reduz ou perde sua autonomia.
Essa intervenção médica, conclui o professor Lima, se faz necessária como sinalizador em respeito à vida do atleta, já que a
maior responsabilidade cabe ao
médico. Ele foi treinado para retirar uma pessoa do risco de morte.
Ciência no palco
O Núcleo Arte Ciência no Palco,
um sucesso de crítica e de público
(mais de 600 mil espectadores),
com os seus espetáculos apresenta uma das mais felizes fórmulas
de realizar divulgação científica.
Até outubro, de quinta a domingo, o grupo apresenta a preços populares, no Teatro João
Caetano (r. Borges Lagoa, 650, tel.
3038-6698), peças para celebrar o
Ano Mundial da Física e o centenário da Teoria da Relatividade de
Einstein, instituído pela ONU.
São: "Einstein", quinta, 21h; "E
Agora, Sr. Feynman ?", sexta, 21h;
"A Dança do Universo", sábado,
21h; "Copenhagen", domingo,
19h; e "20.000 Léguas Submarinas", sábado e domingo, 16h.
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