São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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Outro lado

Prefeituras negam problemas em fila para realizar cirurgia de esterilização

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo diz que a espera por uma laqueadura na cidade, ao contrário do que mostrou a pesquisa do Cebrap, não passa de seis meses.
A rede municipal realiza em média 520 laqueaduras por mês. Pelos cálculos da prefeitura, perto de 1.150 mulheres esperam hoje por essa cirurgia.
O responsável pelos temas de saúde da mulher da Secretaria Municipal da Saúde, Júlio Mayer de Castro Filho, diz que a prioridade são os métodos contraceptivos reversíveis.
"Temos um vício cultural de que só há pílula e laqueadura. É complicado para um profissional concordar que uma pessoa de 18 anos e com dois filhos faça laqueadura. Tentamos desencorajar a laqueadura precoce, porque o índice de arrependimento gira em torno de 30%."
Segundo ele, os postos de saúde oferecem oito métodos reversíveis -a pílula comum, a do dia seguinte e a injetável, a minipílula, o DIU, o diafragma, o preservativo masculino e o feminino. "Mas, se a mulher quiser a laqueadura, a lei assegura o direito."
A Prefeitura de Recife admite que a fila pela laqueadura já esteve "quilométrica". Segundo a responsável pelos temas de saúde da mulher da Secretaria Municipal da Saúde, Benita Spinelli, só a rede estadual oferecia o procedimento.
A situação, segundo ela, começou a mudar em 2004, quando a rede municipal passou a realizar a laqueadura. No ano passado, foram feitas 300 cirurgias. Spinelli não soube informar o tamanho da fila hoje.
"O que ainda ocorre é a mulher faltar a uma consulta, não pegar o exame no dia marcado... No geral, elas conseguem a cirurgia após três meses." (RW)


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