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Ozônio é ao mesmo
tempo vilão e protetor
da Reportagem Local
O gás ozônio (O3) pode ser maléfico ou benéfico para o homem,
dependendo de onde ele é encontrado.
Na baixa atmosfera, também
chamada de troposfera (camada
que vai da superfície até cerca de 12
km de altitude), o ozônio funciona
como um poluente do ar.
Quando há excesso de ozônio
perto da superfície, como foi verificado ontem em algumas áreas da
Grande São Paulo, ocorre um aumento na incidência de problemas
respiratórios e irritação nos olhos,
nariz e garganta.
Na estratosfera (porção da atmosfera situada acima de 12 km de
altitude), o ozônio forma uma camada que protege a Terra dos efeitos prejudiciais da radiação ultravioleta emitida pelo Sol.
Esse tipo de radiação, invisível e
diferente da conhecida luz solar,
aumenta a incidência de câncer,
sobretudo o de pele, em pessoas
expostas em excesso aos raios ultravioleta.
Há um buraco na camada protetora de ozônio sobre o continente
antártico, causado pelo gás CFC
(clorofluorcarboneto), usado nos
sistemas de refrigeração de geladeira e de ar-condicionado.
O CFC produzido na superfície
consegue chegar até a camada de
ozônio, danificando-a.
Segundo o físico Volker Kirchhoff, chefe do laboratório de ozônio do Inpe (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais), essa ascensão não ocorre com o ozônio gerado na baixa atmosfera.
"O ozônio da superfície, com raríssimas exceções, não atinge a camada de ozônio lá em cima e vice-versa", disse Kirchhoff.
A própria origem dos dois ozônio -o ruim, da baixa atmosfera,
e o bom, da alta atmosfera- é
completamente diferente.
Na superfície, o ozônio só se forma a partir de reações fotoquímicas -que só ocorrem na presença
da luz solar- de poluentes emitidos por carros e indústrias.
Na estratosfera, a ação dos raios
ultravioleta quebra o oxigênio
(O2), iniciando o ciclo da formação do ozônio.
(MP)
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