São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002

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VIOLÊNCIA

No assalto, ocorrido às 15h a 150 metros da avenida Doutor Arnaldo, houve tiroteio; duas pessoas foram feridas

Sem reagir, empresário é morto por ladrões

DO "AGORA"

Um assalto em plena luz do dia, a menos de 150 metros da avenida Doutor Arnaldo, uma das vias mais movimentadas da cidade, resultou ontem em um tiroteio, um homem morto e dois feridos.
O empresário Arthur César Pagnozzi, 51, foi assaltado e morto na rua Major Natanael, próxima à avenida Doutor Arnaldo.
O crime aconteceu às 15h, depois que Pagnozzi retirou dinheiro na empresa Protege, na Barra Funda (zona oeste), e foi seguido e abordado por quatro homens -dois deles armados-, que ocupavam duas motos.
Eles já chegaram atirando no Toyota Corolla dirigido pelo empresário, que estava acompanhado de Luís Fernando Olegário, 29, seu funcionário na Calazans & Pagnozzi Consultoria.
Pagnozzi foi baleado no peito e morreu na hora. Em seguida, um dos criminosos colocou metade do corpo para dentro do carro e retirou a maleta com cerca de R$ 30 mil que o empresário levava.
Olegário contou que se fingiu de morto para não ser baleado também pelos assaltantes.
"Os bandidos já chegaram atirando. O seu Arthur não teve tempo de dizer nada. Foi tiro para todo lado", contou Olegário no 23º Distrito Policial (Perdizes), onde o caso foi registrado como roubo consumado seguido de morte.
Dois carros à frente, em um Corsa, estava o PM do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) Hélio Ramos da Silva. Ele, que estava de folga, reagiu ao roubo e trocou tiros com os criminosos. O policial foi ferido no pé esquerdo e levado ao Hospital das Clínicas.

Bala perdida
Um terceiro homem, identificado apenas como Valter, foi ferido no braço direito de raspão quando passava ao lado do tiroteio.
Ele estava em um Ford Ka dirigido por sua nora, uma assessora de imprensa identificada como Ana Cristina.
Os dois tinham ido ao cemitério do Araçá, localizado ao lado da rua onde o tiroteio aconteceu, para participar do velório do jornalista e colunista do jornal "Agora" Miguel Dias.
Apesar de todo o crime ter ocorrido a menos de 150 metros da avenida Doutor Arnaldo, onde costuma ficar um carro da PM, os quatro assaltantes conseguiram escapar.
Pagnozzi foi candidato derrotado a prefeito de Dracena (647 km da capital paulista) pelo PSB nas eleições de 2000 e era o presidente do diretório do partido no município. O empresário era membro da família fundadora da cidade.


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