São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2004

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INSS decide silenciar em período eleitoral

DA REPORTAGEM LOCAL

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) informou que não iria dar entrevistas nem informações sobre as investigações feitas pelo órgão de um esquema de fraudes, com a utilização de "laranjas", praticado por empresas de ônibus no Estado de São Paulo, incluindo a viação Tabu.
Segundo a assessoria de imprensa do INSS em Brasília, Jefferson Carús Guedes, procurador-chefe do instituto, disse ser "contrário à divulgação de informações neste momento", por conta do período eleitoral.
A Folha só conseguiu informações sobre a investigação e as acusações do INSS contra as viações depois de consultar as ações judiciais do órgão.
A assessoria de imprensa do INSS não explicou os motivos da posição de Guedes de não querer falar sobre esse caso às vésperas do segundo turno das eleições. A resposta oficial do instituto foi dada dias depois de a assessoria ter informado que se manifestaria.
O INSS solicitou que as perguntas da reportagem fossem encaminhadas por e-mail, o que foi feito. Por alguns dias, chegou a dizer que as respostas seriam encaminhadas. No final, o INSS declarou que não iria falar sobre o caso.
No ano passado, o INSS adotava uma posição diferente e chegou a divulgar um levantamento sobre as maiores devedoras no setor de transporte coletivo em São Paulo.
O grupo controlado pela família do empresário José Ruas Vaz era apontado como líder disparado no ranking das empresas que estavam em atividade na época. A dívida do grupo chegava a R$ 759,2 milhões, 65% dos débitos entre as viações em operação.


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