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Para tio, polícia devia ter invadido local antes
DA REPORTAGEM LOCAL
Tio de Eloá Cristina Pimentel, Pedro Pereira disse ontem
concordar com a ação da polícia
de invadir o apartamento em
que a adolescente era feita refém havia cem horas pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves.
"Só houve ação depois dos
disparos. O infeliz já tinha dado
os disparos antes. Aí teve de ter
a invasão, que inclusive deveria
ter sido feita anteontem. E
aconteceu o pior. Concordo
com a ação da polícia, que teve
mesmo de invadir", afirmou.
"Agora vou ao hospital. Ele
vai ter o que merece. Deus sabe
o que faz", completou Pereira.
Durante a noite de anteontem, Luciano Vieira da Silva,
pai da estudante Nayara Rodrigues da Silva, que voltou ao cárcere, tentou se informar sobre
o estado da filha. De acordo
com testemunhas, ele foi convidado a se retirar do local por
policiais. A polícia não comentou o caso.
Logo após o cárcere privado,
duas irmãs de Lindemberg afirmaram que ele havia entrado
em depressão após o rompimento com a garota e havia
passado a ameaçá-la de morte
caso ela não reatasse o relacionamento. "Meu irmão não é
bandido. É trabalhador. Ele estava com depressão após o fim
do namoro e fez uma loucura",
disse nesta semana a cozinheira Francimar Alves, 35.
Durante o cárcere da filha, a
mãe de Eloá, Cristina, desmaiou ao vê-la aparecer na janela para, usando lençóis
amarrados, içar comida. Segundo amigos, Eloá foi a primeira
namorada de Lindemberg.
Hipertensão
Na manhã de quinta-feira, o
pai da menina teve uma crise de
hipertensão e foi socorrido por
uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência). Ele passou mal depois que Nayara Rodrigues da
Silva -que também havia sido
rendida na segunda-feira, foi liberada e voltou a ser feita refém- voltou a entrar no apartamento após exigência de Lindemberg.
(VQG)
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