São Paulo, sábado, 18 de outubro de 2008

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Para tio, polícia devia ter invadido local antes

DA REPORTAGEM LOCAL

Tio de Eloá Cristina Pimentel, Pedro Pereira disse ontem concordar com a ação da polícia de invadir o apartamento em que a adolescente era feita refém havia cem horas pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves.
"Só houve ação depois dos disparos. O infeliz já tinha dado os disparos antes. Aí teve de ter a invasão, que inclusive deveria ter sido feita anteontem. E aconteceu o pior. Concordo com a ação da polícia, que teve mesmo de invadir", afirmou.
"Agora vou ao hospital. Ele vai ter o que merece. Deus sabe o que faz", completou Pereira.
Durante a noite de anteontem, Luciano Vieira da Silva, pai da estudante Nayara Rodrigues da Silva, que voltou ao cárcere, tentou se informar sobre o estado da filha. De acordo com testemunhas, ele foi convidado a se retirar do local por policiais. A polícia não comentou o caso.
Logo após o cárcere privado, duas irmãs de Lindemberg afirmaram que ele havia entrado em depressão após o rompimento com a garota e havia passado a ameaçá-la de morte caso ela não reatasse o relacionamento. "Meu irmão não é bandido. É trabalhador. Ele estava com depressão após o fim do namoro e fez uma loucura", disse nesta semana a cozinheira Francimar Alves, 35.
Durante o cárcere da filha, a mãe de Eloá, Cristina, desmaiou ao vê-la aparecer na janela para, usando lençóis amarrados, içar comida. Segundo amigos, Eloá foi a primeira namorada de Lindemberg.

Hipertensão
Na manhã de quinta-feira, o pai da menina teve uma crise de hipertensão e foi socorrido por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ele passou mal depois que Nayara Rodrigues da Silva -que também havia sido rendida na segunda-feira, foi liberada e voltou a ser feita refém- voltou a entrar no apartamento após exigência de Lindemberg. (VQG)


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