RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu ontem o inquérito sobre os três homicídios ocorridos em Rio Brilhante (167 km de Campo Grande), atribuídos ao "maníaco da cruz".
O documento aponta como responsável pelas mortes o adolescente de 16 anos apreendido na semana passada e que confessou os crimes. O laudo psiquiátrico do suspeito, segundo a delegada Infância e da Adolescência, Maria de Lourdes Cano, o qualificou como sendo de "extrema periculosidade".
Outros cinco rapazes -dois de 14, dois de 15 e um de 16- foram responsabilizados por omissão. Supostos integrantes de uma seita satânica liderada pelo adolescente, eles confirmaram que sabiam dos assassinatos.
Segundo a delegada, quatro deles admitiram que mantinham relacionamento sexual com o suspeito.
"Para eles, o maníaco era como um ídolo, a quem deviam admiração e fidelidade. É por isso que, mesmo sabendo de tudo, não contaram nada à polícia. Agindo assim, possibilitaram novas mortes", disse Cano.
A polícia investigou as mortes de Catalino Cardeira, 33, Letícia Oliveira, 22, e Gleici Keli da Silva, 13. Todos encontrados mortos com os braços abertos, dispostos em forma de cruz.


Texto Anterior: Bangu 3: Transferência de presos é pedida após morte do diretor
Próximo Texto: Mortes
Índice