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Serra acusa Paulinho de ser responsável pelo conflito entre PMs e policiais civis
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
José Serra, acusou o deputado
federal Paulo Pereira da Silva
(PDT), o Paulinho da Força, de
ser um dos responsáveis pelo
conflito entre policiais civis e
militares, que deixou 25 feridos
anteontem próximo ao Palácio
dos Bandeirantes.
Para o governador, o pedetista utiliza a greve dos policiais
civis para criar uma "cortina de
fumaça" sobre os "escândalos"
que o envolvem.
"O evento de ontem foi programado, foi proposto, inclusive como forma de organização,
por um desses líderes [políticos] que é o Paulinho da Força
Sindical, aliás um deputado envolvido em escândalos que tem
um processo de cassação em
andamento", afirmou ele. "Provavelmente quer pôr uma "cortina de fumaça" em cima disso."
O deputado é investigado pela suspeita de participar de esquema desvios de verba do
BNDES. Ele é acusado de ter
recebido propina de R$ 325 mil
para intermediar empréstimo
de R$ 124 milhões do banco de
fomento para a Prefeitura de
Praia Grande (litoral de SP). O
pedetista nega as acusações e
que haja um caráter político na
greve.
Paulinho participou da passeata dos policiais anteontem e
disse, no carro de som, que os
policiais caminhassem até o
Palácio dos Bandeirantes: "Não
adianta ficar na praça. O cara
que manda [Serra] está lá em
cima. Devemos subir".
Serra participou de cerimônia que dá ao Centro Cultural
da Juventude da Vila Nova Cachoeirinha (zona norte) o nome da antropóloga Ruth Cardoso, morta em junho. Estavam no evento o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso e
o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM).
"Todos sabemos que policiais armados fazendo um movimento desse na frente do Palácio dos Bandeirantes não colaboram em nada para que se
possa ter uma solução para o
caso. Faço um apelo a todos os
envolvidos, principalmente os
coordenadores do movimento,
para que tenham o bom senso",
disse o prefeito de São Paulo.
(ROGÉRIO PAGNAN)
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