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Paulinho afirma que vai pedir que Lula receba representantes dos policiais civis
TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho
da Força, afirmou ontem que
descarta o pedido de intervenção federal na greve, mas que
vai tentar mediar um encontro
entre o presidente Lula e os representantes dos sindicatos da
Polícia Civil para discutir as
reivindicações.
"Vamos apenas esclarecer os
fatos para o presidente poder
ficar informado e saber o que
explicar [quando for perguntado sobre a paralisação]. Foi um
conflito que virou manchete no
mundo inteiro", diz, em referência ao confronto entre policiais civis e militares.
O encontro com Lula pode
acontecer hoje, após um ato de
apoio à candidatura de Marta
Suplicy (PT), no qual o presidente estará presente.
A declaração de Paulinho foi
feita ontem, durante uma reunião entre o sindicato dos policiais civis de São Paulo e seis
centrais sindicais, entre elas a
Força Sindical e a CUT (Central Única dos Trabalhadores).
O deputado também negou
um possível caráter político da
greve, como apontado pelo governador José Serra (PSDB).
Segundo Paulinho, o ato de
anteontem foi o segundo do
qual ele participou, mas a Força
Sindical apoiava os grevistas
desde o início, por meio do empréstimo de carros de som.
Para o presidente do Sindicato dos Investigadores, João Batista Rebouças Neto, a culpa
dos confrontos de anteontem
foi de Serra, que "jogou uma
polícia contra a outra".
Ele diz que eles pediam apenas para serem recebidos pelo
governo, mas que em vez disso
foram "humilhados". O ato, na
avaliação do presidente do sindicato, ajudou a fortalecer o
movimento grevista.
Centrais sindicais
Para o ministro do Trabalho
Carlos Lupi, a "falta de habilidade" do governador José Serra (PSDB) para negociar com os
servidores grevistas não pode
servir como pretexto para "tentar politizar" o confronto entre
manifestantes da tropa civil e a
Polícia Militar.
De acordo com o ministro, a
presença de líderes das centrais
sindicais ou de sindicatos na
manifestação era mais que natural e correta, pois as entidades estavam ali para defender
os interesses dos trabalhadores
que representam.
Presidente afastado do PDT,
que apóia a candidatura petista
de Marta Suplicy à Prefeitura
de São Paulo, Lupi não poupou
o governador tucano.
No dia anterior, quando disse
que o protesto tinha caráter
eleitoral, Serra citou a participação das centrais sindicais,
entre elas a Força Sindical, presidida por Paulinho.
Na Câmara, deputados oposicionistas estudam punições
ao deputado, acusando-o de ter
se envolvido demais na greve.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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