São Paulo, sábado, 18 de outubro de 2008

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Comandante-geral da PM apostou que chuva iria pôr fim ao protesto

DA REPORTAGEM LOCAL

Minutos antes do confronto entre grevistas da Polícia Civil e a Tropa de Choque da PM anteontem à tarde, nas ruas do Morumbi (zona oeste de SP), o governador José Serra (PSDB) recebeu conselhos do comandante-geral da PM, coronel Roberto Antonio Diniz, e do delegado-geral da Polícia Civil, delegado Maurício José Lemos Freire, para não receber nenhuma comissão de negociação, segundo apurou a Folha.
O coronel Diniz, de acordo com policiais civis que auxiliavam o delegado-geral Freire, disse a Serra que a previsão era de chuva e que, por isso, os manifestantes deveriam ir embora e o protesto seria encerrado.
Ainda segundo integrantes da Polícia Civil, o comandante-geral da PM também repetia ao governador Serra para que ele não "cedesse facilmente", porque isso poderia ser visto como um sinal de fraqueza nas negociações com os grevistas.
O comandante-geral da PM também tentou tranqüilizar o governador Serra dizendo a ele que os manifestantes da Polícia Civil poderiam tentar o que quisessem, mas a Tropa de Choque não iria permitir que eles chegassem ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, de maneira alguma. A frase despertou tensão no governador e no delegado-geral, mas todos mantiveram a decisão de não receber os grevistas.
Desde a tarde de quinta-feira, logo após o conflito entre policiais civis e militares, a Folha tenta entrevistar o coronel Diniz, o delegado-geral Freire e também o secretário da Segurança Pública da gestão de José Serra, Ronaldo Marzagão, mas nenhum deles atende aos vários pedidos de entrevista.
(ANDRÉ CARAMANTE)


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