Sudeste, Sul e Centro-Oeste devem adiantar os relógios em uma hora; motivo é economia de energia

A partir deste ano, medida passa a ter data fixa para começar e terminar; início do período será sempre no 3º domingo de outubro

LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o início do horário de verão, que começa hoje à meia-noite, os relógios devem ser adiantados em uma hora nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Essa é a 38ª vez que a medida é implantada no país.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o período vai até a meia-noite do dia 14 de fevereiro do próximo ano.
Uma novidade em 2008 é que, a partir de agora, o horário de verão passa a ter data fixa. Decreto presidencial do dia 8 de setembro deste ano determina que os relógios sejam adiantados sempre no terceiro domingo de outubro.
O término fica marcado para o terceiro domingo de fevereiro, exceto quando a data coincidir com o domingo de Carnaval. Nesse caso, o fim do horário de verão é postergado para o domingo seguinte, conforme determina o decreto.
O período é escolhido devido ao aumento na demanda por energia que ocorre nesta época, em que cresce a produção industrial por causa do Natal e o calor leva ao aumento do uso de ar-condicionado.
O principal objetivo do governo é economizar energia elétrica, evitando a sobrecarga do sistema no horário de pico.
A previsão para este ano é de uma redução de 4% a 5% na demanda no horário de pico. Isso geraria uma economia de 2,3 mil MW, o que equivale ao consumo de uma cidade de 6,5 milhões de habitantes.
No ano passado, o horário de verão foi responsável por uma economia imediata de cerca de R$ 10 milhões, valor bem inferior aos R$ 50 milhões poupados em 2006.
A menor economia foi resultado do baixo índice de chuvas de 2007, que levou o governo a colocar em funcionamento mais usinas termoelétricas para garantir o fornecimento de eletricidade. Para esta edição, o governo ainda não calculou quanto irá economizar.
O horário de verão atingirá os mesmos dez Estados do último ano: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.


Texto Anterior: Outro lado: Vistorias nada constataram, diz companhia
Próximo Texto: Deslizamentos de terra atingem duas casas em Santa Catarina
Índice