DA SUCURSAL DO RIO E

DA REPORTAGEM LOCAL

Mais divórcios, menos casamentos no papel e noivos mais velhos. Os dados do Registro Civil divulgados pelo IBGE mostram que, de 1991 a 2002, o brasileiro casou menos e mais tarde.
A idade média do homem ao casar subiu de 27 anos, em 1991, para 30,3 anos, em 2002; a da mulher, de 23,7 anos para 26,7. Cerca de 69% dos casamentos legais aconteceram entre pessoas com até 29 anos. Só 10% foram entre pessoas com mais de 39 anos.
É dos 20 aos 24 anos que as mulheres se casam com mais frequência e mais que os homens. Depois dos 24 anos, são eles que casam com mais frequência. Após os 65 anos, os homens casam 4,5 vezes mais que as mulheres.
O número de casamentos caiu de 743,4 mil em 1991 para 715,1 mil em 2002. Esses dados consideram só casamentos legais (oficializados em cartório). Não são contadas as chamadas uniões consensuais, em que as pessoas vivem juntas sem registrar o casamento. Pelos dados do Censo 2000, 70,5% das uniões são oficializadas e 29,5%, consensuais.
A taxa de nupcialidade (relação entre número de casamentos e população com mais de 15 anos, multiplicada por mil) também cai desde 1991, passando de 7,5 para 5,7 em 2002 -a mesma de 2001.
A taxa de divórcios teve leve aumento, subindo de 1 para 1,2; a de separações ficou estável, na casa de 0,9 por mil habitantes. Em números absolutos, as separações subiram 30,7%, de 76,2 mil para 99,6 mil em 2002, e os divórcios, 59,6%, de 81,1 mil para 129,5 mil.
Segundo os dados do IBGE, 10% dos casamentos legais realizados em 1993 acabaram em divórcio.

Independência
Carlos Eduardo de Souza, 27, é bacharel em direito e sempre morou com os pais. Teve alguns namoros duradouros, mas está sozinho há três anos e pretende morar mais dois anos com os pais. "Moro com eles porque não tenho dinheiro para morar sozinho."
A empresária Shirley Marya, 46, foi casada por quase 17 anos, está separada há 12, não namora há três anos e, desde então, procura alguém para compartilhar a vida. "É difícil encontrar uma pessoa que queira compartilhar os gostos e os mesmos horários." (FERNANDA DA ESCÓSSIA E CAIO JUNQUEIRA)


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