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São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

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Mãe esquece quando deu à luz

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAUCAIA (CE)

A dona-de-casa Maria do Socorro Teixeira Moreira, 30, não tem certeza da data de nascimento de seu filho mais velho. "Acho que é 5 de julho." O menino, aos seis anos, não tem uma certidão de nascimento com a data, assim como a irmã Joice, de dois meses.
Na comunidade onde vivem, na periferia de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, é comum a demora no registro. Maria não registrou o filho porque o pai, seu primeiro marido, não quis reconhecer a paternidade. "Mas agora vou registrar só no meu nome mesmo porque senão ele fica atrasado na escola."
Já a filha mais nova não foi registrada porque o pai não tem um documento de identidade, exigido pelo cartório.
É também o caso de Lucas Souza da Silva, 10. Nascido em 22 de maio de 1993, só teve o documento neste ano. "Os pais se separaram e sumiram. Foi uma dificuldade pegar os documentos para registrá-lo", disse a avó Maria Moura da Silva, 49.
Maikon Douglas Lopes, 3, só foi registrado aos nove meses. A mãe não tinha como pagar o ônibus para chegar ao cartório.


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