|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mãe esquece quando deu à luz
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAUCAIA (CE)
A dona-de-casa Maria do Socorro Teixeira Moreira, 30, não
tem certeza da data de nascimento de seu filho mais velho. "Acho
que é 5 de julho." O menino, aos
seis anos, não tem uma certidão
de nascimento com a data, assim
como a irmã Joice, de dois meses.
Na comunidade onde vivem, na
periferia de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, é comum a demora no registro. Maria
não registrou o filho porque o pai,
seu primeiro marido, não quis reconhecer a paternidade. "Mas
agora vou registrar só no meu nome mesmo porque senão ele fica
atrasado na escola."
Já a filha mais nova não foi registrada porque o pai não tem um
documento de identidade, exigido pelo cartório.
É também o caso de Lucas Souza da Silva, 10. Nascido em 22 de
maio de 1993, só teve o documento neste ano. "Os pais se separaram e sumiram. Foi uma dificuldade pegar os documentos para
registrá-lo", disse a avó Maria
Moura da Silva, 49.
Maikon Douglas Lopes, 3, só foi
registrado aos nove meses. A mãe
não tinha como pagar o ônibus
para chegar ao cartório.
Texto Anterior: 24% dos bebês ficam sem registro em 2002 Próximo Texto: Cresce gravidez entre jovens Índice
|