DA AGÊNCIA FOLHA

Os pais de um dos argentinos presos em flagrante no dia 9 em Florianópolis (SC), acusados de tentar fazer compras com dinheiro falso, chegaram à cidade ontem. Os dois rapazes continuam na carceragem da Polícia Federal e serão interrogados hoje pela Justiça Federal.
Andres Nicolas Cano, 21, e Tomás Ciarro Ciarocchi, 22, foram detidos depois que a caixa de um supermercado na praia de Canasvieiras suspeitou que a nota de US$ 100 (cerca de R$ 280) que eles usariam para pagar uma conta de R$ 6 era falsa.
O pai de Andres Cano, o professor de educação física Frederico Cano, 54, disse ontem que os dólares trazidos pelos rapazes "foram comprados aos poucos, em diferentes lugares", o que deve dificultar o rastreamento da cédula.
Segundo Cano, é a terceira vez que o filho vem ao Brasil com o amigo. Eles chegaram a Florianópolis no dia 4. Na quinta-feira, ele conseguiu falar com o filho pela primeira vez desde que foi preso.
Na sexta-feira, o desembargador Paulo Afonso Brum Vaz, do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, negou o pedido de habeas corpus dos rapazes alegando que, se fossem soltos, poderiam retornar à Argentina.
Segundo o advogado dos jovens, Ivo Pimentel Carioni, eles não sabiam que a nota era falsificada. "Não existe dolo. Se não existe dolo, não existe crime", disse. Caso eles não sejam liberados após a audiência de hoje, o advogado entrará com um recurso no STF (Supremo Tribunal Federal).
O fato ganhou destaque na Argentina, onde passar moeda falsa não é crime federal.


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