São Paulo, quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

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VIOLÊNCIA

Polícia ainda não tem pistas sobre o assalto em Sapé

Em meia hora, 20 homens roubam três bancos no interior da Paraíba

Felipe Rizemberg/"Jornal da Paraíba"
Policial e moradores diante de banco, em Sapé, na Paraíba, onde três agências foram roubadas


DA AGÊNCIA FOLHA

Em assalto semelhante a outros ocorridos em cidades do interior do Nordeste, cerca de 20 homens armados roubaram simultaneamente três das quatro agências bancárias da cidade de Sapé (45 km de João Pessoa, na Paraíba).
A ação começou às 13h30 de anteontem e levou cerca de meia hora. O grupo chegou a Sapé em três picapes e um carro de passeio. Para evitar a chegada de reforço policial, a ponte de acesso à cidade foi bloqueada com um caminhão, roubado durante a madrugada.
Logo que entraram em Sapé, os assaltantes foram para a delegacia e atiraram contra o prédio e destruíram um veículo. A polícia informou que estavam armados com fuzis AR-15 e M-16, metralhadora 9 mm e escopetas.
Divididos em grupos e mascarados, os assaltantes seguiram para as agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Bradesco -o único poupado foi o Banco do Nordeste. Perto do Bradesco, os criminosos fecharam a rua e fizeram cerca de 50 reféns, liberados após a fuga. Em um tiroteio, uma pessoa foi ferida na perna, sem gravidade.
A notícia dos assaltos levou uma rádio local a soltar boletins de alerta para que o comércio fechasse as portas e para que a população evitasse deixar suas casas. Todo o dinheiro dos cofres dos bancos foi levado. Os valores não foram informados.
Para dar cobertura, os assaltantes levaram como reféns três funcionários da Caixa Econômica Federal e dois do Banco do Brasil. Todos foram libertados a cerca de 15 km do centro da cidade, sem ferimentos. A quadrilha fugiu em direção ao Rio Grande do Norte.
Cerca de 300 homens das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal foram mobilizados para tentar capturar a quadrilha. Bloqueios foram levantados nas fronteiras da Paraíba. Até o início da noite de ontem ninguém havia sido preso, segundo a Secretaria da Comunicação Social.
Do ano passado para cá o sertão paraibano foi alvo de ao menos cinco grandes assaltos semelhantes ao de anteontem. Em junho de 2004, um PM foi morto em um assalto à agência do Banco do Brasil em Areia. (EDUARDO DE OLIVEIRA)


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