São Paulo, quinta, 19 de fevereiro de 1998

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Dois são presos por caçar capivara

WAGNER OLIVEIRA
da Agência Folha, em Bauru

Dois homens foram presos em flagrante anteontem em Santa Cruz do Rio Pardo (375 km de SP) por terem caçado uma capivara.
Eles foram indiciados em inquérito de acordo com a lei ambiental, que considera crime inafiançável a caça a animais silvestres.
O funcionário público Rubens Rocha, 56, e o pintor de paredes Paulo Sérgio Rodrigues Neto, 25, ficaram presos durante algumas horas na delegacia de Santa Cruz do Rio Pardo.
O advogado João Nantes conseguiu a liberdade provisória dos dois acusados, alegando à Promotoria e ao juiz bons antecedentes.
Segundo Nantes, a nova lei ambiental sancionada pela Presidência da República continua considerando a caça de animais silvestres crime, mas concede ao acusado o direito de fiança.
A nova lei ambiental foi publicada no "Diário Oficial" anteontem e tem prazo de 90 dias para entrar em vigor, segundo o advogado.
O funcionário público Rubens Rocha disse que matou o animal após ter visto na TV reportagem informando que a caça a animais silvestres para consumo estava liberada.
Ele disse que estava pescando no rio Pardo, na companhia do amigo, quando viu muitas capivaras saindo de uma plantação de arroz na margem do rio.
"Achei que podia caçar o animal para comer. Até vi na televisão aquele dia uma reportagem sobre a liberação da caça", afirmou.



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