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Dois são presos por caçar capivara
WAGNER OLIVEIRA
da Agência Folha, em Bauru
Dois homens foram presos em
flagrante anteontem em Santa
Cruz do Rio Pardo (375 km de SP)
por terem caçado uma capivara.
Eles foram indiciados em inquérito de acordo com a lei ambiental,
que considera crime inafiançável a
caça a animais silvestres.
O funcionário público Rubens
Rocha, 56, e o pintor de paredes
Paulo Sérgio Rodrigues Neto, 25,
ficaram presos durante algumas
horas na delegacia de Santa Cruz
do Rio Pardo.
O advogado João Nantes conseguiu a liberdade provisória dos
dois acusados, alegando à Promotoria e ao juiz bons antecedentes.
Segundo Nantes, a nova lei ambiental sancionada pela Presidência da República continua considerando a caça de animais silvestres crime, mas concede ao acusado o direito de fiança.
A nova lei ambiental foi publicada no "Diário Oficial" anteontem
e tem prazo de 90 dias para entrar
em vigor, segundo o advogado.
O funcionário público Rubens
Rocha disse que matou o animal
após ter visto na TV reportagem
informando que a caça a animais
silvestres para consumo estava liberada.
Ele disse que estava pescando no
rio Pardo, na companhia do amigo, quando viu muitas capivaras
saindo de uma plantação de arroz
na margem do rio.
"Achei que podia caçar o animal para comer. Até vi na televisão aquele dia uma reportagem
sobre a liberação da caça", afirmou.
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