São Paulo, Sexta-feira, 19 de Fevereiro de 1999
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Corpo de mulher de promotor será exumado na segunda-feira

LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local

O corpo da advogada Patrícia Aggio Longo, assassinada com dois tiros na cabeça em 4 de junho do ano passado, será exumado na próxima segunda-feira, dia 22 de fevereiro, às 9h, a pedido do advogado Márcio Thomaz Bastos.
O promotor Igor Ferreira da Silva, viúvo da advogada, é apontado pelo Ministério Público como o principal suspeito de ter cometido o crime, que ocorreu na entrada de um condomínio fechado em Atibaia (65 km de SP).
O objetivo do advogado de defesa é realizar um exame de DNA para provar que seu cliente iria ter um filho com a advogada, que estava grávida de oito meses.
"Requisitamos o exame de DNA para afastar as suspeitas", declarou Bastos.
A defesa quer evitar que boatos -como o de que o promotor teria assassinado a mulher após descobrir que o filho que ela esperava não era dele- atrapalhem o andamento do processo.
O pedido de realização do exame de paternidade havia sido feito no final de novembro ao desembargador Domingos Franciulli Netto, relator do processo aberto contra o promotor no Tribunal de Justiça de São Paulo.

"Defesa"
A mãe de Patrícia, Maria Cecília Aggio Longo, disse que ela e o marido, José Longo, autorizaram a exumação do corpo da filha e o exame de DNA porque acreditam que isso vai ajudar na defesa do promotor.
"É uma situação desagradável, mas aceitamos em defesa da moral de nossa filha e de nosso genro. Apesar de ser doloroso, é preciso acabar com as mentiras. O filho que Patrícia esperava era de Igor e estou convicta disso".
Para ela, a acusação contra Silva é "injusta". "Perdi uma filha e um neto. Agora querem tirar o meu genro."


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