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SAÚDE NA UTI
Prefeito diz que não pode gerir mudanças em unidade sob intervenção
Cesar Maia pára obras em hospitais
DA SUCURSAL DO RIO
A gestão Cesar Maia (PFL) endureceu mais suas relações com o
Ministério da Saúde: suspendeu
licitações, contratações e contagem de prazo de obras e serviços
continuados nos seis hospitais do
Rio sob intervenção federal.
Além disso, não respondeu a
ofício do ministério da última
quinta, que deu prazo de quatro
horas para que a prefeitura autorizasse a instalação, no Campo de
Santana (centro), de um hospital
de campanha da Marinha.
Segundo o ministério, a prefeitura não forneceu kits de exames
de sangue ao hospital Souza
Aguiar, no centro. A urgência está
sendo mantida com estoque federal. Maia reafirmou que a requisição não chegou à prefeitura.
Ontem à noite, a Justiça Federal
concedeu mandado de busca e
apreensão no almoxarifado municipal para recompor os kits e
determinou que a prefeitura reinicie as obras no hospital Souza
Aguiar, além de reabrir as licitações para obra nos hospitais do
Andaraí e Miguel Couto.
A prefeitura diz que as obras seriam suspensas porque ela não
pode gerir mudanças em unidades sob gestão de outro governo.
Segundo Maia, houve "problemas
na licitação". Balanço divulgado
ontem aponta que o hospital da
Lagoa tinha 100% das salas cirúrgicas sem condições de uso.
Sobre o hospital da Marinha,
Maia disse que "as cessões de
áreas públicas são feitas após análise do uso e riscos". O prefeito entrou com ação no Supremo Tribunal Federal contra a intervenção nos hospitais Miguel Couto e
Souza Aguiar, que sempre foram
do município, e para impedir o
uso de recursos municipais nas
demais unidades.
(FABIANE LEITE)
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