São Paulo, quinta, 19 de março de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Depoimento reacende corporativismo

da Sucursal de Brasília

O depoimento do deputado Sérgio Naya (sem partido-MG) reacendeu o corporativismo na Câmara. Deputados amigos de Naya acompanharam seu depoimento na CCJ em uma clara manifestação de solidariedade.
Deputados da comissão temem que a demora no julgamento contribua para a absolvição de Naya no processo de cassação de seu mandato movido pela Câmara.
"O tempo corre a favor do deputado Naya. Quanto mais se demorar para concluir o processo, mais o caso sai do noticiário e as chances dele vão aumentando", afirmou o deputado Luiz Máximo (PSDB-SP).
Uma espécie de tropa de choque silenciosa se posicionou ontem na comissão durante o depoimento de Naya. O deputado Luís Barbosa (PPB-RR) foi o único a cumprimentar o parlamentar diante das câmeras. A exceção foi o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG). Barulhento, ele classificou a pergunta do relator, Marconi Perillo (PSDB-GO), de "idiota", gritando do plenário da comissão.
Durante o depoimento, Naya aproveitou uma pergunta do deputado Edson Silva (PSDB-CE) sobre possíveis atitudes agressivas do deputado para fazer acusações contra o ex-prefeito de Laranjal, sua cidade, Ferdinando Alvarenga (PSDB). Afirmou que o ex-prefeito era "corrupto", "ladrão", além de atacar a família de Alvarenga. Ouvido pela Folha, Alvarenga afirmou que irá processar Naya pelas suas declarações. (DM)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.