da Sucursal de Brasília

O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, recomendou ontem a abertura de inquérito pela Polícia Federal para investigar o deputado Sérgio Naya (PPB-MG), dono da construtora Sersan.
Brindeiro solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que determine a abertura de inquérito policial para apurar se o parlamentar cometeu crimes como o de falsificação.
O pedido foi feito com base em declaração de Naya gravada por um cinegrafista amador e divulgada em 1º de março, pelo programa "Fantástico" (TV Globo). Na gravação, ele fala, por exemplo, sobre falsificação de assinaturas.
Brindeiro acolheu sugestão de abertura do inquérito policial feita pelo vice-procurador-geral da República, Haroldo Ferraz da Nóbrega, para quem a fita gravada representa clara confissão.
Segundo Nóbrega, "há base suficiente para abertura de inquérito contra o deputado Sérgio Naya, pois ele mesmo confessa a prática de falsificação, claramente, e sugere a prática do delito de contrabando ou descaminho".
O procurador recomendou que a PF conclua o inquérito no prazo de 45 dias. Segundo ele, a PF deverá desgravar a fita de vídeo, requisitar à TV Globo a fita original, tomar depoimento de Naya e pedir ao governo de Minas Gerais que apure a ocorrência dos crimes.
O relator do pedido de abertura de inquérito será escolhido hoje, por sorteio. Ele decidirá se acolhe ou não a recomendação do Ministério Público.
Tramita ainda no Supremo um outro pedido de abertura de inquérito contra Naya, feito pelo deputado Marcelo Deda (PT-SE).
O pedido de abertura de inquérito de Deda também tem também com base na gravação transmitida pela TV Globo.

O inquérito deve levar 45 dias para ficar pronto, segundo recomendação da procuradoria-geral da República à Polícia Federal



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice