São Paulo, quinta, 19 de março de 1998

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Festa de posse é retrato da crise

da Reportagem Local

Superlotada e desorganizada, a festa de posse dos cinco novos secretários de Pitta acabou sendo o retrato da crise que pretendia fazer esquecer.
Cerca de 2.000 pessoas (pelo cálculo da assessoria de imprensa) se aglomeravam no salão azul da Prefeitura para ouvir e ver ACM, Maluf, Celso Pitta e os pesos pesados do PFL, além do secretariado.
Às 11h, pouco antes de começarem os discursos, os guardas já tentavam impedir que entrasse mais gente no salão, enquanto as pessoas burlavam a segurança chegando pelo elevador. Quem ficou de fora assistiu à cerimônia em telões espalhados pelo prédio.
Durante os discursos, muito suor. Claudio Lembo, presidente regional do PFL, brincava dizendo que o partido precisava de mais espaço físico, além do político.
A maioria das pessoas ouvia, mas não via. Sentada num canto do salão, a mãe do novo secretário da saúde, Jorge Roberto Pagura, Josefina, reclamava que não conseguia vê-lo. Foi consolada pela explicação da filha de que ninguém estava vendo nada.
Depois dos discursos, mais sufoco. Parentes, imprensa e convidados se apertavam para sair do salão. Até Maluf e ACM foram levados pela confusão.
E enquanto os políticos participavam de uma entrevista coletiva, que só apareceram depois de mais de uma hora, os convidados que esperavam para cumprimentá-los só podiam tomar água.
(MALU GASPAR)



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