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AMBIENTE
Roraima vai receber R$ 2 milhões para combater o fogo que já matou 12 mil bois
FHC libera verba para conter incêndio
da Sucursal de Brasília
O secretário de Políticas Regionais, Fernando Catão, disse ontem
em Boa Vista (RR) que o presidente Fernando Henrique Cardoso vai
liberar, por meio de uma medida
provisória, recursos para que o governador de Roraima, Neudo
Campos (PPB), possa tentar debelar o fogo nas matas do Estado.
Catão, que sobrevoou a região de
helicóptero na companhia de
Campos, considerou "catastrófica" a situação em Roraima. Ele não
informou qual a quantia o governo
federal estaria disposto a liberar.
Campos deverá assinar hoje, em
Brasília, convênio no valor de R$ 2
milhões com o governo federal para combater o fogo. O governo estadual anunciou a morte de 12 mil
cabeças de gado até agora.
Catão, porém, disse que não
conseguiu ver animais mortos.
"Acho que o gado está resistindo e
conseguindo se adaptar à estiagem
e ao fogo", declarou.
Catão vinha sendo criticado pelo
governador porque disse que só
poderia socorrer o Estado se existisse risco para vidas humanas.
O secretário de Planejamento de
Roraima, César Mansoldo, 45, disse que R$ 15 milhões seriam suficientes para levar os projetos elaborados após a decretação de calamidade pública no Estado.
Índios
O megaincêndio ameaça índios
da região. Caso o fogo não seja
apagado nos próximos dias, aldeias ianomami, taurepang e makuxi poderão ser atingidas. Algumas aldeias já estão ilhadas.
"Se o fogo continuar se alastrando, é preocupante porque poderá atingir aldeias", disse o administrador da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Roraima,
Walter Blos. Segundo ele, é impossível prever quanto tempo faltaria para o fogo chegar às aldeias,
já que isso estaria sujeito ao vento.
Os governos federal e estadual
ainda estão na fase de planejamento para realizar uma operação de
emergência na região, assolada
por uma seca prolongada, que dura seis meses, provocada pelo fenômeno climático El Niño.
Até a próxima sexta-feira, serão
realizadas ações de emergência
para tentar deter o fogo e socorrer
aldeias em risco, batizadas de
Operação Macauã.
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