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BARBARA GANCIA
Você ouviu a última do Brasil Vita?
Como não quero estragar a
sua sexta-feira e nem a minha, vamos passar reto pelos depoimentos do prefeito e de sua ex-mulher na Câmara. Coisa triste,
sô. Ainda bem que, para aliviar o
baixo astral, Brasil Vita lançou
mão de seus dotes histriônicos e
soltou aquela piada sobre a suposta agenda de Celso Pitta, onde
o nome do vereador aparece ao
lado de uma cifra.
Você não soube o que Brasil Vita disse? Pois eu faço questão de
repetir: "Se eles comprovarem que
a letra é do Pitta, processo ele".
Não é de capotar? Vá subestimar
a inteligência alheia na Conchinchina!
Bem, mas como eu não quero
ver ninguém cortando os pulsos,
vamos mudar imediatamente de
assunto.
Na semana passada tive a honra de ser convidada para o jantar
"black tie" oferecido pelo presidente Fernando Henrique ao presidente da Itália, Carlo Azeglio
Ciampi.
Na hora do cafezinho, servido
na saída ao som de um quarteto
de cordas, encontrei um outro
oriundo, que conheço de longa
data. Ele me contou que, para
chegar ao jantar, tomou um táxi
na porta do prédio onde mora, na
praça da República.
Como o táxi ia a passo de tartaruga, meu amigo virou-se para o
motorista e disse: "Será que o senhor não podia acelerar? Estou
indo jantar com o presidente Fernando Henrique Cardoso e não
quero chegar atrasado".
O motorista olhou bem para o
passageiro vestido de pinguim
que havia recolhido da rua e perguntou: "O senhor é maître?"
Não me considero a pessoa mais
indicada para falar de ecologia.
Sou fanática por automóveis, como hambúrguer do McDonald"s
sem grandes culpas e já devo ter
deixado a água do chuveiro correndo horas a fio antes do banho
mais de um zilhão de vezes. Mas
até esta troglodita ambiental consegue ver que o projeto para reduzir o tamanho da floresta amazônica é criminoso.
Perguntei ao professor titular de
direito de Harvard, Roberto
Mangabeira Unger, o que seus colegas na universidade acham de
seu corajoso projeto de se candidatar à Prefeitura de São Paulo.
O senhor Unger foi curto e grosso:
"Eles acham uma perda de tempo
eu interromper minha obra de
uma vida inteira para me dedicar
a um país periférico, sem grande
relevância no mundo".
Sentiu o soco no estômago? Pois
projetos como esse que tentou
mudar o código florestal só servem para reforçar a crença dos
colegas do professor Unger.
QUALQUER NOTA
Cara-de-pau
Larri Passos afirmou que, na
final do torneio de Roma,
Gustavo Kuerten simulou
um problema e interrompeu
a partida só para diminuir o
ritmo do rival. Alô, Larri Passos! Você pode estar se
achando, mas, na minha terra, isso se chama trapaça.
Salomônica
Simpático como o dono e
bem mais bonito do que ele.
Assim é o Cardinale, restaurante que Luciano Boseggia,
ex-Fasano, acaba de abrir em
Higienópolis. Quanto ao cardápio ser ou não igual ao do
Fasano, digamos que um ou
outro prato eu já conhecia. O
resto é tudo novidade.
E-mail - barbara@uol.com.br
www.uol.com.br/barbaragancia/
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