São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 2000


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BARBARA GANCIA

Você ouviu a última do Brasil Vita?

Como não quero estragar a sua sexta-feira e nem a minha, vamos passar reto pelos depoimentos do prefeito e de sua ex-mulher na Câmara. Coisa triste, sô. Ainda bem que, para aliviar o baixo astral, Brasil Vita lançou mão de seus dotes histriônicos e soltou aquela piada sobre a suposta agenda de Celso Pitta, onde o nome do vereador aparece ao lado de uma cifra.
Você não soube o que Brasil Vita disse? Pois eu faço questão de repetir: "Se eles comprovarem que a letra é do Pitta, processo ele". Não é de capotar? Vá subestimar a inteligência alheia na Conchinchina!
Bem, mas como eu não quero ver ninguém cortando os pulsos, vamos mudar imediatamente de assunto.
Na semana passada tive a honra de ser convidada para o jantar "black tie" oferecido pelo presidente Fernando Henrique ao presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi.
Na hora do cafezinho, servido na saída ao som de um quarteto de cordas, encontrei um outro oriundo, que conheço de longa data. Ele me contou que, para chegar ao jantar, tomou um táxi na porta do prédio onde mora, na praça da República.
Como o táxi ia a passo de tartaruga, meu amigo virou-se para o motorista e disse: "Será que o senhor não podia acelerar? Estou indo jantar com o presidente Fernando Henrique Cardoso e não quero chegar atrasado".
O motorista olhou bem para o passageiro vestido de pinguim que havia recolhido da rua e perguntou: "O senhor é maître?"
  Não me considero a pessoa mais indicada para falar de ecologia. Sou fanática por automóveis, como hambúrguer do McDonald"s sem grandes culpas e já devo ter deixado a água do chuveiro correndo horas a fio antes do banho mais de um zilhão de vezes. Mas até esta troglodita ambiental consegue ver que o projeto para reduzir o tamanho da floresta amazônica é criminoso.
Perguntei ao professor titular de direito de Harvard, Roberto Mangabeira Unger, o que seus colegas na universidade acham de seu corajoso projeto de se candidatar à Prefeitura de São Paulo. O senhor Unger foi curto e grosso: "Eles acham uma perda de tempo eu interromper minha obra de uma vida inteira para me dedicar a um país periférico, sem grande relevância no mundo".
Sentiu o soco no estômago? Pois projetos como esse que tentou mudar o código florestal só servem para reforçar a crença dos colegas do professor Unger.

QUALQUER NOTA

Cara-de-pau
Larri Passos afirmou que, na final do torneio de Roma, Gustavo Kuerten simulou um problema e interrompeu a partida só para diminuir o ritmo do rival. Alô, Larri Passos! Você pode estar se achando, mas, na minha terra, isso se chama trapaça.

Salomônica
Simpático como o dono e bem mais bonito do que ele. Assim é o Cardinale, restaurante que Luciano Boseggia, ex-Fasano, acaba de abrir em Higienópolis. Quanto ao cardápio ser ou não igual ao do Fasano, digamos que um ou outro prato eu já conhecia. O resto é tudo novidade.


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