DA FOLHA ONLINE

O coronel Rui César Melo, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, determinou a abertura de um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar se houve excesso da tropa de choque no desbloqueio da avenida Paulista, região central da capital, na tarde de ontem.
O confronto, entre manifestantes e policiais militares, pode ter deixado mais de 30 feridos, segundo a Apeoesp (sindicato dos professores). A Secretaria da Segurança Pública divulgou 17, sendo 5 PMs, mas admite que o balanço não foi fechado. No final da noite, a PM falava em 21.
"Não foi o que a gente desejava. Lamento o que aconteceu. A gente não queria isso", afirmou Melo.
Cerca de 300 PMs foram enviados para a avenida. O objetivo era evitar o bloqueio das duas pistas da Paulista, como já havia sido pedido aos manifestantes.
Apesar de determinar a abertura do inquérito, o coronel avalia que não houve excesso. "Aparentemente, não teria havido excesso, pelo o que eu pude observar."
Melo defendeu a operação da tropa de choque. "Foi uma ação legal, principalmente pela atitude dos manifestantes."
O coronel ressaltou que houve uma negociação exaustiva com os líderes do protesto para que eles não bloqueassem completamente a avenida. "Nós já havíamos estabelecido que eles não deveriam fechar as duas pistas da avenida. É uma via muito importante, de acesso a diversos hospitais, bancos e escritórios", declarou Melo.



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