FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A maior bandeira brasileira em mastro do país foi recolhida anteontem devido ao racionamento determinado pelo governo federal para monumentos públicos.
Hasteada no alto do morro dos Barbosas, em São Vicente (litoral paulista), a bandeira teve de ser retirada porque não pode ficar no mastro às escuras. O artigo 15 da lei federal 5.700, de 1971, que dispõe sobre os símbolos nacionais, diz que, à noite, a bandeira nacional deve permanecer iluminada.
A Prefeitura de São Vicente decidiu recolher a bandeira, em vez mantê-la somente durante o dia, devido à dificuldade da operação de hasteamento.
Com 21 metros de largura por 30 metros de comprimento, a bandeira necessita de 15 homens cada vez que é içada ou retirada do mastro de 60 metros de altura. Inaugurada em 2000 pelo então governador Mário Covas, é avistada de qualquer lugar da orla.
Segundo o diretor-presidente da Codesavi (Companhia de Desenvolvimento de São Vicente), Tércio Augusto Garcia Júnior, o tempo gasto no hasteamento da bandeira é decorrente da necessidade de prender cada um dos muitos ilhoses ao mastro e do acionamento do cabo de aço para erguê-la. "Não é uma operação que se possa fazer todos os dias."
Em Santos, as bandeiras nacional e de todos os Estados brasileiros que ficavam permanentemente hasteadas na tradicional praça das Bandeiras, na praia do Gonzaga, também foram removidas devido às medidas de economia de energia. O mesmo vai acontecer com a bandeira que fica no topo do monte Serrat, um dos pontos mais altos da cidade.


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