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Ministério estuda crédito para compra de geradores
LISANDRA PARAGUASSÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde estuda
abrir uma linha de financiamento
para hospitais comprarem geradores ou reformarem os que já
possuem para enfrentar o racionamento de energia elétrica e a
possibilidade de apagão.
Essa foi uma das possibilidades
apresentadas em uma reunião anteontem no ministério.
Segundo o ministro da Saúde,
José Serra, a definição dos termos
da linha de crédito deve ser feita
em breve, já que os apagões podem começar em julho se o racionamento não tiver o resultado esperado. Serra informou que 54%
dos leitos do país estão em hospitais que possuem geradores.
As federações de hospitais do
país calculam que cerca de 30%
dos cerca de 7.000 estabelecimentos que atendem pelo Sistema
Único de Saúde têm geradores. Os
demais são considerados de pequeno porte, com menos de 200
leitos por unidade.
Distribuição
No entanto a distribuição é desigual. No Distrito Federal, por
exemplo, mais de 90% dos hospitais têm os equipamentos. No Rio
são 67% e em São Paulo, 61%.
Os próprios administradores
consideram o número de geradores razoável porque a maioria das
instituições que não possuem o
equipamento não tem consumo
alto de energia.
"São unidades sem procedimentos de alta complexidade, como UTI, que necessitam de energia contínua", explicou o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Ele também é vice-presidente da
Confederação das Santas Casas e
Hospitais Filantrópicos.
O número certo de instituições
com geradores será pesquisado
neste mês pelas federações, assim
como a capacidade de cada hospital. A intenção é saber quem pode
se sustentar nos apagões e por
quanto tempo.
Uma outra alternativa levantada na reunião -e que deverá ser
negociada com as empresas distribuidoras de energia- é que os
apagões, caso aconteçam, sejam
feitos por períodos curtos, de até
duas horas, mais de uma vez ao
dia. Isso porque, mesmo nos hospitais com geradores, a autonomia é de cerca de quatro horas seguidas e para emergências. Não se
sabe como o sistema funcionaria
se fosse ligado pelo tempo máximo quase todos os dias.
Também foi levantada a possibilidade de negociar com as distribuidoras a retirada dos hospitais da rede geral de energia e que
sejam instaladas linhas de fornecimento direto.
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