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No RJ, situação da renda piora
DA SUCURSAL DO RIO
Em 18 anos, o Rio de Janeiro registrou aumento, em números
absolutos, da quantidade de pessoas abaixo da linha de pobreza e
intensificou a concentração de
renda. Mas a cidade melhorou
sua renda familiar per capita e diminuiu seu percentual de pobres.
Em 1999, a capital tinha uma
renda per capita de R$ 522, R$ 82
a mais do que no início dos anos
80. Apesar da melhora, caiu da segunda para a quarta posição no
ranking que mede esse índice.
O estudo também mostra que a
capital diminuiu o percentual de
pobres de 13,9% para 12,3%. Ainda assim, o Rio, que antes só estava atrás de Porto Alegre e São
Paulo, caiu para o quarto lugar na
segunda metade de década de 90.
Mesmo tendo melhorado nesses dois quesitos (renda per capita
e porcentagem de pobres), o Rio
evoluiu de forma mais lenta que
as outras 11 capitais pesquisadas.
A pesquisa também revela que o
número absoluto de pessoas abaixo da linha de pobreza, entretanto, aumentou nos últimos anos
em cerca de 40 mil.
Conforme os dados, os pobres
do Rio de Janeiro, em 18 anos, ficaram mais pobres, e os ricos
enriqueceram ainda mais, o que
levou ao aumento da concentração de renda na cidade.
Em 1981, a população pobre da
capital ganhava, em média, R$
49,9 por mês. Em 18 anos, o salário médio dessa categoria passou
a ser de R$ 45,5.
No final da década de 90, a parcela da população carioca que representava os 40% mais pobres se
apropriava de apenas 8,6% da
renda total que circula pela cidade. Em 1981, esse valor era superior (9,4%), enquanto o 1% mais
rico ficava com 11,8% -no início
dos anos 80, eram 10,8%.
Apesar do aumento da desigualdade, o Rio subiu da sétima
para a quinta posição nesse ranking. "O Rio de Janeiro não melhorou, os outros é que pioraram
ainda mais", diz Jorge Telles, um
dos pesquisadores.
(SP)
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